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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Para Fiesp, a saída é
reduzir a carga tributária
O aumento da carga tributária provoca uma elevação do
gasto público ou é o aumento
do gasto público que provoca o
crescimento da carga tributária?
Com o objetivo de tentar responder a essa questão, a Fiesp
(Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo) encomendou uma pesquisa para saber qual é a percepção do empresário sobre o dilema. Foram entrevistados 1.200 empresários paulistas, e a maioria (55%)
afirmou que uma redução da
carga tributária obrigaria o governo a controlar seus gastos.
A partir do resultado, a Fiesp
fez análise do comportamento
da receita e da despesa do governo de 2000 a 2007 e chegou
à conclusão de que o governo
segue uma política do tipo arrecadar e gastar, e não uma política de gastar e arrecadar.
Em suma, o trabalho mostra
que a arrecadação crescente do
governo leva a um ciclo vicioso
de crescimento dos gastos governamentais.
Do ponto de vista prático, a
Fiesp apresenta dois exemplos
de que uma maior arrecadação
leva a uma elevação dos gastos
públicos. Um deles é a programação financeira da União. O
cronograma de desembolso
mensal depende bastante da
efetiva entrada de receita nos
cofres públicos.
Outro exemplo são as despesas com pessoal. Por lei, as despesas totais com pessoal ativo e
inativo da administração direta
e indireta pagas com receita da
União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos municípios não
podem exceder a um percentual da respectiva receita corrente líquida. Dessa forma, os
gastos com pessoal só aumentam com o crescimento da arrecadação.
Segundo o empresário Paulo
Francini, diretor do Depecon
(Departamento de Pesquisas
Econômicas) da Fiesp, diante
dessa constatação, a única maneira de fazer um corte nas despesas é por meio da redução da
carga tributária.
Francini diz que esse estudo
não foi feito por estar se discutindo agora a criação de uma
nova CPMF, batizada de CSS
(Contribuição Social para a
Saúde), mas para criar uma base técnica sustentável para afirmar que a única forma de se
conter o gasto no país é pelo
controle da receita.
"A rigor, o estudo não foi feito por causa da nova CPMF",
diz Francini. Mas que se aplica,
se aplica.
CAIXA ELETRÔNICO
A ATP, que administra a Rede Verde-Amarela, que interliga caixas de instituições financeiras, vai ampliar a rede própria de caixas eletrônicos. A Rede tem hoje 10 mil terminais
de auto-atendimento e 30 mil caixas no país; agora, a própria ATP quer instalar uma rede sua com 1.800 pontos em dois anos. A empresa também vai implantar, até o fim do
ano, 50 salas de multiserviços, onde os cliente dos bancos
conveniados poderão realizar transações bancárias e outros
serviços, como compra de passagens e "check in" de hotéis.
Até o final do ano, a empresa investe R$ 32 milhões em novas tecnologias, segundo Nori Lermen, novo presidente da ATP, e pretende alcançar faturamento de R$ 450 milhões.
CASA FRACIONADA
A Eko Arquitetura e
Construção trará ao país
o conceito de propriedade
fracionada. Trata-se de
um modelo conhecido na
Europa e nos EUA em que
casas são divididas em
frações, para um donos
diferentes, que podem
usá-las algumas semanas
por ano, diluindo custos
do imóvel e da manutenção. A empresa lança, em
julho, o Itacaré Paradise,
em Itacaré (BA). O empreendimento, de oito casas com piscina e vista para o mar ou para a mata
atlântica, tem frações de
R$ 135 mil a R$ 174 mil. A
idéia, diz Mauro Fabbroni, sócio da Eko, é atrair
turistas estrangeiros.
INDÚSTRIA
A CNI promove amanhã
mais um Fórum Nacional da
Indústria, que reúne todas
as associações empresariais
setoriais. Será na sede da
Abit (Associação Brasileira
da Indústria Têxtil e de Confecção), em São Paulo. Antonio Palocci confirmou presença. Na pauta do evento, estão a necessidade de desoneração completa dos investimentos, os prazos para recolhimento de impostos e outras questões.
TONELADA
A obra de Tomie Ohtake,
que será inaugurada hoje, no
Aeroporto de Guarulhos, em
homenagem ao centenário
da imigração japonesa, tem
22 toneladas de aço doado
pela Rio Negro, distribuidora de aço ligada à Usiminas.
A escultura tem nove metros de diâmetro e nove de
altura.
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