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NEGÓCIO
Fabricante do Viagra paga US$ 60 bi por concorrente
Pfizer compra a Pharmacia e cria a maior farmacêutica do mundo
DA REPORTAGEM LOCAL
A gigante farmacêutica norte-americana Pfizer fechou acordo
que permitirá a compra de sua
concorrente Pharmacia em uma
transação avaliada em US$ 60 bilhões. A previsão é que o negócio
esteja concluído até o fim do ano.
Da união da Pfizer, que tem sua
sede localizada em Nova York,
com a Pharmacia resultará um
novo conglomerado farmacêutico com uma participação estimada em 10% do mercado mundial.
Analistas do mercado financeiro internacional avaliam que esse
negócio deve impulsionar fusões
no setor, pois muitas empresas
devem ter de se unir para competir com a nova gigante farmacêutica. A nova companhia resultante do negócio será aproximadamente 50% maior que sua principal concorrente, a britânica GlaxoSmithKline.
"O negócio entre a Pfizer e a
Pharmacia será uma ameaça
competitiva muito séria para as
outras empresas [do setor"", afirma Martin Hall, chefe de análise
do setor farmacêutico do HSBC
Securities de Londres. "A pergunta nesse momento é se companhias como a Glaxo, a Merck e a
Bristol-Myers Squibb serão obrigadas a fazer algo devido a essa
nova ameaça."
Além do negócio bilionário, a
Pfizer anunciou ontem que seu
lucro líquido aumentou 7,1% no
segundo trimestre em relação ao
mesmo período do ano passado.
Na América Latina, a Pfizer está
presente no Brasil, Argentina,
Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Equador, El
Salvador e México, entre outros.
A companhia que surgirá após a
concretização do negócio terá faturamento anual estimado em
cerca de US$ 48 bilhões. Um dos
produtos mais famosos da Pfizer
é o Viagra. Com o negócio, a nova
empresa terá 12 produtos com
vendas anuais superiores a US$ 1
bilhão e quase 120 novas substâncias em desenvolvimento.
A Pharmacia tem atualmente
mais de 59 mil funcionários em
mais de 60 países. A Pfizer conta
com cerca de 90 mil empregados.
Além de liderar o setor farmacêutico nos EUA, a Pfizer e a
Pharmacia juntas passarão do
quarto para o primeiro lugar na
Europa, do terceiro para o primeiro no Japão e do quinto para o
primeiro na América Latina.
No Brasil, o faturamento da Pfizer no ano passado foi de US$ 191
milhões, e o da Pharmacia atingiu
US$ 155 milhões. Além do Viagra,
a Pfizer comercializa no Brasil
medicamentos para hipertensão e
colesterol. A Pharmacia produz
medicamentos nos setores de oncologia, endocrinologia, oftalmologia, dentre outros.
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