Alta do dólar também derruba preço do petróleo

DA REDAÇÃO

Pela primeira vez desde o final do ano passado, a onça do ouro (31,1 gramas) ficou cotada abaixo de US$ 800, com os investidores voltando a apostar no dólar, que vem se valorizando nos últimos dias.
O metal terminou a semana valendo US$ 792,10 na Bolsa Mercantil de Nova York, queda de US$ 22,40 em relação ao pregão de anteontem. Na comparação com a sessão de sexta-feira da semana passada, o preço recuou 8,4%.
Desde a metade do ano passado, o ouro começou a se valorizar fortemente, com os investidores apostando em metais como forma de proteger seus portfólios da crise nos Estados Unidos, e chegou a superar os US$ 1.000 em março deste ano. O ouro subiu 31% no ano passado, a maior alta desde 1979, quando a inflação dos Estados Unidos estava em mais de 13%.
O dólar ontem atingiu o seu maior valor em seis meses em relação ao euro, com a aposta de que o BCE (Banco Central Europeu) precisará cortar a taxa de juros da zona do euro para tentar reanimar a economia, o que desvalorizaria a moeda do bloco. O PIB (Produto Interno Bruto) dos 15 países que usam o euro como moeda teve queda de 0,2% de abril a junho em relação aos três meses anteriores, na primeira retração da história do bloco.
A moeda americana também se valorizou em relação à libra esterlina e chegou a sua maior cotação em dois anos. Como acontece com o BCE, o Banco Central britânico pode ter que cortar os juros para impedir uma recessão no Reino Unido.
O petróleo continuou a cair ontem devido à valorização do dólar. Em Nova York, o preço do barril teve queda de 1,08%, para US$ 113,77. A cotação do combustível já caiu mais de US$ 30 desde o seu pico, no início do mês passado. Na Bolsa de Londres, o barril do Brent encerrou a semana valendo US$ 112,55, 0,99% menos que no pregão de anteontem.

Com agências internacionais

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