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PETRÓLEO
Acusado de roubar óleo, Kuait é ameaçado pelo vizinho; cotação do produto bate recorde, e Bolsa de NY cai com crise
EUA ameaçam Iraque; preço do óleo dispara
CÁTIA LASSALVIA
DA REDAÇÃO
A crise do petróleo ameaça virar
um confronto militar. Ontem, o
governo dos Estados Unidos avisou que usará força militar para
impedir que o Iraque ameace o
território de seu vizinho Kuait,
ensaiando os mesmos passos da
Guerra do Golfo, de 1990.
O Iraque acusa o Kuait de roubar petróleo de campos situados
em seu território. O Kuait nega a
acusação, mas o Iraque ameaçou
tomar "medidas necessárias" para defender o seu território.
A crise põe fogo na instabilidade
que já existe no mercado de energia desde o início de agosto, quando os preços do barril de petróleo
voltaram a subir, permanecendo
acima da barreira dos US$ 30.
A crise Iraque e Kuait é maior
do que uma disputa política sobre
território. Com a tensão entre os
países, o preço do petróleo em
Nova York subiu 5,4%, chegando
a US$ 35,92 -o maior valor desde outubro de 1990, durante a
Guerra do Golfo.
Analistas vêem a disputa sobre
o óleo como uma estratégia de
Saddam Hussein, presidente do
Iraque, para elevar os preços
mundiais do óleo.
O tema tem sido o destaque dos
protestos que congestionaram as
cidades européias nas duas últimas semanas. Manifestantes
-principalmente fazendeiros e
caminhoneiros- saíram às ruas
contra o alto valor dos combustíveis e dos impostos sobre eles.
A situação já começa a voltar ao
normal no Reino Unido, na Itália
e na França; na Espanha e na Alemanha, os protestos continuam.
Por causa da crise do petróleo,
ontem a Bolsa de Nova York caiu
1,45%. No Brasil, o dólar fechou a
R$ 1,845 ( maior taxa desde maio).
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