São Paulo, sábado, 16 de setembro de 2000

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PETRÓLEO
Acusado de roubar óleo, Kuait é ameaçado pelo vizinho; cotação do produto bate recorde, e Bolsa de NY cai com crise
EUA ameaçam Iraque; preço do óleo dispara

CÁTIA LASSALVIA
DA REDAÇÃO

A crise do petróleo ameaça virar um confronto militar. Ontem, o governo dos Estados Unidos avisou que usará força militar para impedir que o Iraque ameace o território de seu vizinho Kuait, ensaiando os mesmos passos da Guerra do Golfo, de 1990.
O Iraque acusa o Kuait de roubar petróleo de campos situados em seu território. O Kuait nega a acusação, mas o Iraque ameaçou tomar "medidas necessárias" para defender o seu território.
A crise põe fogo na instabilidade que já existe no mercado de energia desde o início de agosto, quando os preços do barril de petróleo voltaram a subir, permanecendo acima da barreira dos US$ 30.
A crise Iraque e Kuait é maior do que uma disputa política sobre território. Com a tensão entre os países, o preço do petróleo em Nova York subiu 5,4%, chegando a US$ 35,92 -o maior valor desde outubro de 1990, durante a Guerra do Golfo.
Analistas vêem a disputa sobre o óleo como uma estratégia de Saddam Hussein, presidente do Iraque, para elevar os preços mundiais do óleo.
O tema tem sido o destaque dos protestos que congestionaram as cidades européias nas duas últimas semanas. Manifestantes -principalmente fazendeiros e caminhoneiros- saíram às ruas contra o alto valor dos combustíveis e dos impostos sobre eles.
A situação já começa a voltar ao normal no Reino Unido, na Itália e na França; na Espanha e na Alemanha, os protestos continuam.
Por causa da crise do petróleo, ontem a Bolsa de Nova York caiu 1,45%. No Brasil, o dólar fechou a R$ 1,845 ( maior taxa desde maio).


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