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FOLHAINVEST
Produtos lançados desde as mudanças no mercado, em maio, são mais "estáveis", mas podem render menos
Novos fundos reduzem prazo e oscilação
ISABEL CAMPOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Fundos com papéis de menor
prazo, menos oscilação, mas com
rendimentos abaixo dos DIs tradicionais, indicados para aplicadores que vinham fugindo desse
tipo de aplicação desde o fim de
maio. Fundos com essas características têm sido lançados nos últimos meses pelas empresas de
asset management.
Os fundos DI e de renda fixa de
curto prazo foram os que mais
proliferaram nos últimos quatro
meses. Vários lançamentos aconteceram nesse período. O Itaú,
por exemplo, no início de junho,
colocou no mercado o Itaú RF
Curto Prazo FIF. Entre 29 de maio
e 11 de setembro, ele foi o campeão de captação da indústria de
fundos, com R$ 958,26 milhões.
Basicamente, esses fundos investem em títulos do governo de
curto prazo (de até seis meses) e
operações de overnight (com vencimento de um dia para outro).
Quanto mais curto o prazo de
um título, menor tende a ser o seu
risco e oscilação de preço. A crise
de confiança e de falta de compradores que se abateu sobre os papéis do governo federal afetou
muito mais os títulos de longo
prazo do que os de curto.
Em compensação, a rentabilidade não é das melhores. A maioria dos fundos de curto prazo tende a render acima da caderneta de
poupança, mas abaixo de um fundo DI tradicional.
Longo prazo
Na contramão dos curto prazo,
algumas instituições, como o
BankBoston e o Itaú, também lançaram fundos DI e de renda fixa
compostos por papéis de longo
prazo. A linha Performance DI,
do BankBoston, tem títulos na
carteira com prazo médio de 200
dias. Já os fundos Federal Longo
Prazo do Itaú têm papéis com
prazo de um a cinco anos.
Esses fundos são indicados para
quem pode investir olhando o
longo prazo. A volatilidade pode
ser alta. A vantagem, diz Sinara
Figueiredo, diretora-adjunta de
produtos de investimentos do
BankBoston, é a oportunidade de
ganho. Com a depreciação sofrida
nos últimos meses, os títulos de
longo prazo passaram a embutir
juro bem superior ao do CDI.
O banco Prosper optou por lançar um fundo sem títulos do governo federal: o Prosper Top, que
investe em títulos que fornecedores têm a receber de empresas
consideradas de primeira linha,
como Petrobras, Light e Comgás.
Os recebíveis têm prazo médio de
28 dias, o que minimiza o risco da
operação, e, antes de entrar na
carteira do fundo, recebem um
aval dessas companhias. A meta é
render cerca de 110% do CDI, diz
Gustavo Alcântara, do Prosper.
Para quem tem apetite maior
por risco e gosta do mercado de
Bolsa, uma das novidades é o fundo Tarpon HG, que está sendo
distribuído pela Hedging-Griffo.
Diferentemente da maioria dos
fundos de ações, que procura diversificar a carteira, o Tarpon
concentra seus investimentos em
cinco a oito empresas. Atualmente, afirma José Carlos Reis Magalhães, diretor da Tarpon Investimentos, gestora do fundo, os R$
16 milhões captados desde o seu
lançamento, em julho, estão divididos entre Belgo Mineira, Copel,
Sadia, Ferbasa e Forjas Taurus.
Outra característica é que, depois de solicitado o resgate, o dinheiro só é liberado após 60 dias.
A cada seis meses, haverá distribuição de dividendos aos cotistas
que poderá chegar a até 25% da
valorização das ações no período.
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