São Paulo, segunda-feira, 16 de setembro de 2002

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Novo produto estimula setor

DA REPORTAGEM LOCAL

O lançamento de um novo produto destinado a profissionais liberais e trabalhadores da economia informal, o chamado VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), impulsionou o crescimento dos fundos de previdência em meio à crise do setor. Do total captado no ano por esses fundos, 49,3% foram aplicados nos VGBLs. Só o Bradesco captou R$ 1 bilhão com esse produto.
O VGBL é um modelo de seguro de vida resgatável ao final de um determinado prazo. Por sua estrutura, é muito semelhante a um fundo para acumulação de renda para a aposentadoria.
Assim como no PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), principal produto de previdência privada do mercado, o investidor aplica mensalmente uma quantia que vai para um fundo. Não há nenhuma rentabilidade garantida. No final da contratação, pode resgatar o que acumulou e comprar uma renda para complementar a aposentadoria oficial.
A diferença entre os dois produtos é apenas fiscal. No PGBL, pode-se abater o total aplicado da renda bruta anual, dentro do limite de 12%. Mas, quando o investidor for sacar, o IR incidirá sobre o saldo total, de acordo com a tabela progressiva. É o que os técnicos chamam de diferimento fiscal: o imposto que não foi pago sobre o salário será pago no resgate da aplicação. A mordida pode chegar a 27,5% do saldo da aplicação.
Já o VGBL, criado como seguro, não tem a vantagem fiscal. A diferença é que, na hora do resgate ou do recebimento da aposentadoria, o leão só ataca os rendimentos da aplicação, e não o capital total acumulado.


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