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Cheque especial tem queda na taxa
FABIANA FUTEMA
DA FOLHA ONLINE
A taxa média de juros no cheque
especial em setembro ficou em
8,50% ao mês, o equivalente a
166,27% ao ano, segundo pesquisa da Fundação Procon-SP. Apesar de alta, foi a menor taxa registrada desde maio de 2001, quando
o juro mensal do cheque especial
estava em 8,49%.
Na comparação com agosto,
quando os bancos cobravam, em
média, 9,17% mensais, houve
uma queda de 0,67 ponto nessa
modalidade de juro.
A maior queda foi registrada na
taxa cobrada pela Caixa Econômica Federal, que recuou de 8,9%
para 7,75% ao mês. No Banco do
Brasil, passou de 8,7% para
7,75%. Já no Bradesco caiu de
9,39% para 8,52%.
Segundo o Procon-SP, a maior
taxa do cheque especial hoje é a
do BCN, que cobra 9,45% ao mês
de seus correntista.
Para o empréstimo pessoal, a taxa média dos bancos pesquisados
pelo Procon foi de 5,69% ao mês,
o que corresponde a uma redução
de 0,26 ponto percentual em relação a agosto. Nesse segmento, a
maior redução foi feita pela Nossa
Caixa, que baixou o juro de 4,65%
para 3,85% ao mês, o menor do
mercado.
O Banco do Brasil reduziu seu
juro do empréstimo pessoal de
5,9% para 5,3% e o Itaú, de 6,45%
para 6,05%.
De acordo com o Procon-SP, as
maiores taxas para o empréstimo
pessoal são do Bradesco e do Unibanco, que cobram 6,2%.
Segundo os técnicos do Procon-SP, a queda nas taxas cobradas
pelos bancos foi puxada por uma
série de medidas adotadas na política monetária, como a redução
da alíquota de recolhimento compulsório sobre depósitos à vista,
de 60% para 45%, e a diminuição
da taxa Selic (juros básicos) de
24,50% para 22% ao ano.
No entanto, o Procon-SP alerta
que as taxa de juros "ainda não
são suficientes para encorajar o
empréstimo" ao consumidor.
A pesquisa, realizada entre os
dias 8 e 9 deste mês, levou em conta as taxas de juros cobradas por
12 instituições financeiras.
"Com a queda generalizada da
renda e o orçamento apertado, o
consumidor deve evitar dívidas,
priorizando a subsistência da família e recorrendo ao crédito somente após uma criteriosa avaliação de custo-benefício", recomenda o Procon, em nota.
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