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São Paulo, terça-feira, 16 de setembro de 2003

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Cheque especial tem queda na taxa

FABIANA FUTEMA
DA FOLHA ONLINE

A taxa média de juros no cheque especial em setembro ficou em 8,50% ao mês, o equivalente a 166,27% ao ano, segundo pesquisa da Fundação Procon-SP. Apesar de alta, foi a menor taxa registrada desde maio de 2001, quando o juro mensal do cheque especial estava em 8,49%.
Na comparação com agosto, quando os bancos cobravam, em média, 9,17% mensais, houve uma queda de 0,67 ponto nessa modalidade de juro.
A maior queda foi registrada na taxa cobrada pela Caixa Econômica Federal, que recuou de 8,9% para 7,75% ao mês. No Banco do Brasil, passou de 8,7% para 7,75%. Já no Bradesco caiu de 9,39% para 8,52%.
Segundo o Procon-SP, a maior taxa do cheque especial hoje é a do BCN, que cobra 9,45% ao mês de seus correntista.
Para o empréstimo pessoal, a taxa média dos bancos pesquisados pelo Procon foi de 5,69% ao mês, o que corresponde a uma redução de 0,26 ponto percentual em relação a agosto. Nesse segmento, a maior redução foi feita pela Nossa Caixa, que baixou o juro de 4,65% para 3,85% ao mês, o menor do mercado.
O Banco do Brasil reduziu seu juro do empréstimo pessoal de 5,9% para 5,3% e o Itaú, de 6,45% para 6,05%.
De acordo com o Procon-SP, as maiores taxas para o empréstimo pessoal são do Bradesco e do Unibanco, que cobram 6,2%.
Segundo os técnicos do Procon-SP, a queda nas taxas cobradas pelos bancos foi puxada por uma série de medidas adotadas na política monetária, como a redução da alíquota de recolhimento compulsório sobre depósitos à vista, de 60% para 45%, e a diminuição da taxa Selic (juros básicos) de 24,50% para 22% ao ano.
No entanto, o Procon-SP alerta que as taxa de juros "ainda não são suficientes para encorajar o empréstimo" ao consumidor.
A pesquisa, realizada entre os dias 8 e 9 deste mês, levou em conta as taxas de juros cobradas por 12 instituições financeiras.
"Com a queda generalizada da renda e o orçamento apertado, o consumidor deve evitar dívidas, priorizando a subsistência da família e recorrendo ao crédito somente após uma criteriosa avaliação de custo-benefício", recomenda o Procon, em nota.


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