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São Paulo, terça-feira, 16 de setembro de 2003

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ACORDO

Para José Alencar, governo deve defender seus interesses perante o Fundo

País tem de se impor no FMI, diz vice

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O vice-presidente José Alencar (PL-MG) sugeriu na noite de ontem que, na negociação de um novo acordo que o governo federal deverá brevemente iniciar com o FMI (Fundo Monetário Internacional), o Brasil se imponha e defenda os seus interesses. Segundo Alencar, já que ninguém se preocupa com o Brasil no mundo globalizado, o próprio país tem que defender os seus interesses.
Essa posição defendida pelo vice-presidente veio a reboque de um comentário espontâneo sobre o acordo que a Argentina firmou na semana passada com o FMI, em condições favoráveis, apesar do "calote", segundo suas palavras, e com sacrifícios bem menores do que os impostos ao Brasil.
Alencar, ao elogiar o esforço e o trabalho da equipe do ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, disse que o Brasil fez um superávit primário (receita menos despesas, exceto os encargos financeiros da sua dívida) de 6% do PIB (Produto Interno Bruto) no primeiro trimestre e de mais de 5% no primeiro semestre.
"A Argentina deu calote e obteve do FMI apoio para adotar superávit primário de 3% do PIB. Parece que o Brasil é tão rico, tão forte, que todos os outros países não têm pena de nós. Então, nós é que temos que defender as nossas causas", afirmou Alencar, na abertura de balcão de oportunidades do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) em Belo Horizonte.
O vice-presidente comentou ainda a 5ª Conferência Ministerial da OMC (Organização Mundial do Comércio), em Cancún, considerada por ele "uma vitória para a representação brasileira".
"Ficou um registro de que há 21 países [o G21], que representam a metade ou mais da população do planeta, que desejam liberdade de acesso dos seus produtos. Isso significa coragem e capacidade de competir", afirmou.

Adauto
O vice-presidente também fez a defesa do ministro dos Transportes, Anderson Adauto (PL-MG), indicado por ele.
Reportagem da revista "IstoÉ" desta semana diz que o ministro priorizou obra em Minas que beneficia seu principal caixa de campanha a deputado federal em 2002. "Não tem nada disso. O Anderson está fazendo um excelente trabalho à frente do ministério, pode estar certo. Ele está moralizando o ministério, que estava em uma situação muito difícil."


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