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Fiesp diz acreditar em redução de 2,5 pontos
DA REPORTAGEM LOCAL
Para empresários, bancos e centrais sindicais, o Copom (Comitê
de Política Monetária) do Banco
Central deve decidir amanhã por
um corte na taxa de juros básica
da economia, a Selic -hoje em
22% ao ano-, de no mínimo dois
pontos percentuais.
Fatores como o controle da inflação e a baixa atividade econômica são apontados como razões
que devem influenciar uma queda nesse valor ou até maior.
Uma redução mais ousada, de
2,5 pontos percentuais, é a aposta
do presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de
São Paulo), Horacio Lafer Piva.
Menos otimistas, António Martins da Costa, diretor presidente
da EDP (Eletricidade de Portugal)
Brasil, e Ludwig Moldan, coordenador da Bracelpa (Associação
Brasileira de Celulose e Papel),
acreditam em um corte de dois
pontos percentuais.
"Seria desejável que a queda fosse maior, pois as empresas estão
endividadas e uma taxa de juros
menor diminuiria o aumento
desses débitos", lembrou Costa.
Na avaliação de Heron do Carmo, economista da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), mais importante do que o
tamanho do corte é o nível em que
os juros estarão no fim do ano.
"Em dezembro, a Selic deve estar
em 17% ou 18%. Podemos chegar
a esse nível mais ou menos rapidamente", afirmou Carmo, que
disse acreditar que os juros devem ser cortados em dois pontos.
Na mesma linha vai um relatório do banco Merrill Lynch divulgado ontem, que estima uma queda de dois pontos na Selic.
Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical, também
aposta em uma redução de dois
pontos: "Defendo a proposta
apresentada pelas centrais sindicais que prevê diminuição da taxa
básica de juros de forma gradual".
"Qualquer redução é bem-vinda", disse Luiz Marinho, presidente da CUT (Central Única dos
Trabalhadores), que não quis estimar de quanto será a queda.
"Agora que o BC perdeu a inibição, quem sabe não diminui três
pontos básicos", disse o deputado
federal pelo PP e ex-ministro da
Fazenda Delfim Netto.
Já o senador petista Aloizio
Mercadante disse esperar que a
"queda [dos juros] continue de
forma consistente e sustentada".
"Temos que manter a trajetória
de queda das três últimas reuniões do Copom", completou.
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