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São Paulo, terça-feira, 16 de setembro de 2003

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Fiesp diz acreditar em redução de 2,5 pontos

DA REPORTAGEM LOCAL

Para empresários, bancos e centrais sindicais, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central deve decidir amanhã por um corte na taxa de juros básica da economia, a Selic -hoje em 22% ao ano-, de no mínimo dois pontos percentuais.
Fatores como o controle da inflação e a baixa atividade econômica são apontados como razões que devem influenciar uma queda nesse valor ou até maior.
Uma redução mais ousada, de 2,5 pontos percentuais, é a aposta do presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Horacio Lafer Piva.
Menos otimistas, António Martins da Costa, diretor presidente da EDP (Eletricidade de Portugal) Brasil, e Ludwig Moldan, coordenador da Bracelpa (Associação Brasileira de Celulose e Papel), acreditam em um corte de dois pontos percentuais.
"Seria desejável que a queda fosse maior, pois as empresas estão endividadas e uma taxa de juros menor diminuiria o aumento desses débitos", lembrou Costa.
Na avaliação de Heron do Carmo, economista da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), mais importante do que o tamanho do corte é o nível em que os juros estarão no fim do ano. "Em dezembro, a Selic deve estar em 17% ou 18%. Podemos chegar a esse nível mais ou menos rapidamente", afirmou Carmo, que disse acreditar que os juros devem ser cortados em dois pontos.
Na mesma linha vai um relatório do banco Merrill Lynch divulgado ontem, que estima uma queda de dois pontos na Selic.
Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical, também aposta em uma redução de dois pontos: "Defendo a proposta apresentada pelas centrais sindicais que prevê diminuição da taxa básica de juros de forma gradual".
"Qualquer redução é bem-vinda", disse Luiz Marinho, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), que não quis estimar de quanto será a queda.
"Agora que o BC perdeu a inibição, quem sabe não diminui três pontos básicos", disse o deputado federal pelo PP e ex-ministro da Fazenda Delfim Netto.
Já o senador petista Aloizio Mercadante disse esperar que a "queda [dos juros] continue de forma consistente e sustentada". "Temos que manter a trajetória de queda das três últimas reuniões do Copom", completou.


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