São Paulo, sábado, 16 de setembro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Foco

Ex-vendedora acha que trabalho feminino está sendo mais valorizado

ÁLVARO FAGUNDES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Para Renata Carvalho de Souza, 22, foi "muito pouco" o tempo em que ela ficou desempregada. Trabalhando como recepcionista em uma fábrica de tubos de São Paulo, ela afirma que a mulher está sendo mais valorizada no mercado de trabalho.
"Pelo que eu vejo aqui na fábrica, eles consideram que as mulheres se esforçam mais", diz Souza, que trabalhou durante quatro anos como vendedora.
Mas, na opinião dela, nem sempre foi assim. Antes havia muito preconceito, afirma. "Os homens tinham medo de a mulher ganhar mais, de se tornar independente."
Já a operadora de caixa Marta de Campos, 28, considera que o preconceito ainda não acabou. "Dependendo do cargo, se o salário for mais alto, ainda há uma preferência pelos homens", disse a funcionária, que, depois de ficar 15 dias sem emprego, trabalha em uma casa lotérica da capital paulista.
Filha de uma dona-de-casa e de um aposentado, Souza conta que, entre seus amigos, homens e mulheres têm dificuldades parecidas na hora de encontrar trabalho, com uma leve vantagem para elas. Todas suas amigas, diz, estão empregadas, mas há "uns dois amigos que estão em casa". O irmão dela, de 32 anos, nunca ficou desempregado.
Além do trabalho como recepcionista, ela está no primeiro semestre da faculdade de moda. Para o futuro, ela planeja ter uma empresa de confecção. "Eu sonho em participar do São Paulo Fashion Week."


Texto Anterior: Saiba mais: Pesquisa só perde em tamanho para o Censo
Próximo Texto: Redução do analfabetismo e acesso à escola regridem
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.