São Paulo, sábado, 16 de setembro de 2006

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Outro lado

Para governo, atividade no campo é causa

LUCIANA CONSTANTINO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O possível aquecimento da atividade no campo, por meio da agricultura familiar, é uma das hipóteses apontadas para explicar o aumento do trabalho infantil registrado pela Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2005.
A análise é do secretário de Avaliação e Gestão da Informação do Ministério do Desenvolvimento Social, Rômulo Paes de Sousa. Segundo ele, o governo federal vinha detectando a necessidade de estudar melhor o trabalho infantil no país, por isso o IBGE fará na próxima Pnad um suplemento específico sobre o tema.
Ao ser questionado se o governo foi pego de surpresa, Sousa negou. "Essa questão já estava no nosso radar. Precisamos de um instrumento para entender melhor os dados de trabalho infantil. Teremos um módulo específico para isso em 2006."
Para o secretário, a Pnad não traz informações suficientes sobre o trabalho de meninas nem de menores de dez anos, o que precisa ser mais analisado.
Já a secretária nacional de Assistência Social do ministério, Ana Lígia Gomes, diz que o governo federal pretende universalizar o atendimento a crianças e adolescentes encontrados no trabalho infantil, chegando a cerca de 2,7 milhões de beneficiados.
Hoje, o governo atende a 1,097 milhão de crianças e jovens por meio do Peti (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), que, além de dar uma bolsa à família, repassa recursos para investimento em programas complementares (jornada ampliada).


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