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Outro lado
Para governo, atividade no campo é causa
LUCIANA CONSTANTINO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O possível aquecimento
da atividade no campo,
por meio da agricultura familiar, é uma das hipóteses apontadas para explicar o aumento do trabalho
infantil registrado pela
Pnad (Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios) 2005.
A análise é do secretário
de Avaliação e Gestão da
Informação do Ministério
do Desenvolvimento Social, Rômulo Paes de Sousa. Segundo ele, o governo
federal vinha detectando a
necessidade de estudar
melhor o trabalho infantil
no país, por isso o IBGE fará na próxima Pnad um
suplemento específico sobre o tema.
Ao ser questionado se o
governo foi pego de surpresa, Sousa negou. "Essa
questão já estava no nosso
radar. Precisamos de um
instrumento para entender melhor os dados de
trabalho infantil. Teremos
um módulo específico para isso em 2006."
Para o secretário, a Pnad
não traz informações suficientes sobre o trabalho de
meninas nem de menores
de dez anos, o que precisa
ser mais analisado.
Já a secretária nacional
de Assistência Social do
ministério, Ana Lígia Gomes, diz que o governo federal pretende universalizar o atendimento a crianças e adolescentes encontrados no trabalho infantil, chegando a cerca de 2,7
milhões de beneficiados.
Hoje, o governo atende a
1,097 milhão de crianças e
jovens por meio do Peti
(Programa de Erradicação
do Trabalho Infantil), que,
além de dar uma bolsa à família, repassa recursos para investimento em programas complementares
(jornada ampliada).
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