São Paulo, domingo, 16 de setembro de 2007

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Falta de infra-estrutura abre espaço a construtoras do país

DA SUCURSAL DO RIO

A demanda por melhorias na infra-estrutura após o fim de conflitos na África se tornou um bom negócio para as construtoras brasileiras. Empresas como Odebrecht, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez têm obras de milhões de dólares em Angola, Moçambique, África do Sul, Guiné Equatorial e Mauritânia, entre outros. "A África se tornou um imenso canteiro de obras", diz Adriana Rodrigues, coordenadora de Inteligência Comercial da Apex (Agência de Promoção de Exportações e Investimentos).
A Odebrecht atua em Angola desde 1984 com negócios em infra-estrutura, exploração de diamantes e mercado imobiliário. É uma das curadoras da Fesa (Fundação Eduardo dos Santos), entidade sem fins lucrativos criada pelo presidente do país. Também é responsável pelo projeto da hidrelétrica de Capanda (520 MW), supermercados e o primeiro shopping.
A exploração de diamantes rendeu à empresa menção na Operação Kissonde, relatório elaborado pelo jornalista angolano Rafael Marques, que trata de abusos de direitos humanos pelas empresas contra a população na atividade. A Odebrecht nega o conteúdo do relatório e destaca diversas ações sociais, como construção de escolas e campanhas contra a Aids.
A Camargo Corrêa está instalada em mercados como Moçambique, Angola e África do Sul e quer operar na Namíbia, no Zimbábue e em Botsuana. Os investimentos em dois anos devem somar US$ 60 milhões.
A Andrade Gutierrez atua em países como Argélia, Mauritânia, Angola, Guiné Equatorial e Camarões e pretende iniciar operações na República do Congo e na Líbia. A Zagope, empresa do grupo responsável pelas operações na África, diz ter investido US$ 52 milhões na região desde 2004.

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