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Falta de infra-estrutura abre espaço a construtoras do país
DA SUCURSAL DO RIO
A demanda por melhorias na
infra-estrutura após o fim de
conflitos na África se tornou
um bom negócio para as construtoras brasileiras. Empresas
como Odebrecht, Camargo
Corrêa e Andrade Gutierrez
têm obras de milhões de dólares em Angola, Moçambique,
África do Sul, Guiné Equatorial
e Mauritânia, entre outros. "A
África se tornou um imenso
canteiro de obras", diz Adriana
Rodrigues, coordenadora de
Inteligência Comercial da Apex
(Agência de Promoção de Exportações e Investimentos).
A Odebrecht atua em Angola
desde 1984 com negócios em
infra-estrutura, exploração de
diamantes e mercado imobiliário. É uma das curadoras da Fesa (Fundação Eduardo dos Santos), entidade sem fins lucrativos criada pelo presidente do
país. Também é responsável
pelo projeto da hidrelétrica de
Capanda (520 MW), supermercados e o primeiro shopping.
A exploração de diamantes
rendeu à empresa menção na
Operação Kissonde, relatório
elaborado pelo jornalista angolano Rafael Marques, que trata
de abusos de direitos humanos
pelas empresas contra a população na atividade. A Odebrecht
nega o conteúdo do relatório e
destaca diversas ações sociais,
como construção de escolas e
campanhas contra a Aids.
A Camargo Corrêa está instalada em mercados como Moçambique, Angola e África do
Sul e quer operar na Namíbia,
no Zimbábue e em Botsuana.
Os investimentos em dois anos
devem somar US$ 60 milhões.
A Andrade Gutierrez atua em
países como Argélia, Mauritânia, Angola, Guiné Equatorial e
Camarões e pretende iniciar
operações na República do
Congo e na Líbia. A Zagope,
empresa do grupo responsável
pelas operações na África, diz
ter investido US$ 52 milhões
na região desde 2004.
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