São Paulo, sábado, 16 de novembro de 2002 |
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PANORÂMICA PETRÓLEO Zylbersztajn procura parceiros para participar de licitação da Petrobras O ex-diretor-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo) David Zylbersztajn procura parceiros a fim de participar com sua empresa, a DZ Negócios com Energia, da próxima licitação que será promovida pela Petrobras para a venda dos direitos de exploração de campos de petróleo considerados "maduros" (em fase de exaustão). Zylbersztajn, que é ex-genro do presidente Fernando Henrique Cardoso, deixou em outubro do ano passado a direção da ANP, órgão que regulamenta e fiscaliza o setor de petróleo. Ele disse não ver nenhum problema ético em entrar agora para o negócio cuja regulamentação e fiscalização ele comandava. No Brasil, o período de quarentena para um ex-funcionário público poder trabalhar na iniciativa privada é de quatro meses. "Não estou em prisão perpétua. Se eu não atender a habilitação, que é puramente técnica, qualquer concorrente terá a oportunidade de questionar", afirmou. Zylbersztajn disse também que nenhum ex-funcionário da ANP da área de concessões está trabalhando na sua empresa. O ex-diretor disse que não irá colocar dinheiro próprio na licitação. "Não tenho bala", afirmou. Segundo ele, as concessões para campos maduros -serão licitadas 26 áreas que hoje pertencem à Petrobras- envolvem recursos da ordem de US$ 1 milhão a US$ 1,5 milhão. Além de um parceiro investidor, Zylbersztajn vai precisar ter um sócio operador, com reconhecida habilitação para operar em exploração de petróleo. Ele disse já estar com negociações em andamento e afirmou que pode acertar com um único sócio, que seja, ao mesmo tempo, investidor e operador. "Quando eu estava na ANP, sempre defendi que o mercado fosse aberto para empresas de pequeno porte", disse. Segundo Zylbersztajn, no Texas (EUA) há mais de 7.000 dessas empresas atuando. No Canadá, mais de 4.000. A Petrobras já fez outra tentativa de vender campos maduros, mas obteve pouco sucesso. Apenas dois campos foram repassados. O ex-diretor avalia que a nova rodada de licitações deve ocorrer por volta de janeiro de 2003. (DA SUCURSAL DO RIO) Texto Anterior: Luís Nassif: As multinacionais brasileiras Próximo Texto: Férias Índice |
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