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Encontro tenta destravar negociação da Rodada Doha
Países se reúnem hoje na OMC para discutir acordo
Hoang Dinh Nam/France Presse
![](../images/b1611200601.jpg) |
Diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, fala em encontro da Apec |
DA REDAÇÃO
A OMC (Organização Mundial do Comércio) deve dar hoje
os primeiros passos para retomar as negociações da Rodada
Doha de liberalização do comércio mundial, suspensas
desde julho.
Em nota, o órgão disse que
seu Comitê de Negociações Comerciais realizará uma reunião
informal nesta quinta-feira, em
Genebra (Suíça), para "discutir
a situação do DDA [Acordo de
Desenvolvimento de Doha, na
sigla em inglês]".
Em setembro, durante a reunião do G20 (países em desenvolvimento), no Rio, foi dito
que março de 2007 era a data
mais realista para a retomada
de Doha. A rodada está travada
desde que União Européia
(UE) e EUA não chegaram a um
acordo sobre redução de subsídios na área agrícola e acesso de
produtos a seus mercados.
No entanto, não devem ser
esperados importantes avanços no encontro de hoje, segundo um importante membro da
OMC, que pediu para não ter
seu nome divulgado. "Nós não
estamos ainda prontos para
uma negociação completa, mas
existe um sentimento geral de
que os grupos de negociação
devem voltar a se encontrar."
O diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, que estava no Vietnã
para o encontro anual da Apec
(Cooperação Econômica Ásia-Pacífico), disse que foi procurado por representantes de vários
países para reiniciar as negociações de Doha. "Eles reiteraram seu comprometimento político com o sistema multilateral." Lamy afirmou que estará
presente na reunião de hoje,
em Genebra.
Uma versão do documento
final do encontro da Apec obtido pela France Presse pede que
as negociações reiniciem "o
mais rápido possível". "Nós estamos prontos para romper o
impasse." Porém, os 21 países
do bloco solicitam que os "parceiros de outras regiões" também atuem para dar fim à paralisação -em uma aparente referência à UE.
Para Susan Schwab, representante de comércio dos EUA,
nenhum país sozinho é capaz
de colocar em funcionamento a
rodada. Segundo ela, é preciso
que o bloco europeu e os EUA
façam mais para reduzir "as
distorções nos subsídios comerciais", especialmente no
setor agrícola. "Prazos artificiais não resolverão o problema", disse.
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