São Paulo, quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Encontro tenta destravar negociação da Rodada Doha

Países se reúnem hoje na OMC para discutir acordo

Hoang Dinh Nam/France Presse
Diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, fala em encontro da Apec

DA REDAÇÃO

A OMC (Organização Mundial do Comércio) deve dar hoje os primeiros passos para retomar as negociações da Rodada Doha de liberalização do comércio mundial, suspensas desde julho.
Em nota, o órgão disse que seu Comitê de Negociações Comerciais realizará uma reunião informal nesta quinta-feira, em Genebra (Suíça), para "discutir a situação do DDA [Acordo de Desenvolvimento de Doha, na sigla em inglês]".
Em setembro, durante a reunião do G20 (países em desenvolvimento), no Rio, foi dito que março de 2007 era a data mais realista para a retomada de Doha. A rodada está travada desde que União Européia (UE) e EUA não chegaram a um acordo sobre redução de subsídios na área agrícola e acesso de produtos a seus mercados.
No entanto, não devem ser esperados importantes avanços no encontro de hoje, segundo um importante membro da OMC, que pediu para não ter seu nome divulgado. "Nós não estamos ainda prontos para uma negociação completa, mas existe um sentimento geral de que os grupos de negociação devem voltar a se encontrar."
O diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, que estava no Vietnã para o encontro anual da Apec (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico), disse que foi procurado por representantes de vários países para reiniciar as negociações de Doha. "Eles reiteraram seu comprometimento político com o sistema multilateral." Lamy afirmou que estará presente na reunião de hoje, em Genebra.
Uma versão do documento final do encontro da Apec obtido pela France Presse pede que as negociações reiniciem "o mais rápido possível". "Nós estamos prontos para romper o impasse." Porém, os 21 países do bloco solicitam que os "parceiros de outras regiões" também atuem para dar fim à paralisação -em uma aparente referência à UE.
Para Susan Schwab, representante de comércio dos EUA, nenhum país sozinho é capaz de colocar em funcionamento a rodada. Segundo ela, é preciso que o bloco europeu e os EUA façam mais para reduzir "as distorções nos subsídios comerciais", especialmente no setor agrícola. "Prazos artificiais não resolverão o problema", disse.


Texto Anterior: BC britânico planeja manter taxas neste ano
Próximo Texto: América Latina: México supera Brasil em lista de lucratividade
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.