São Paulo, quinta-feira, 16 de dezembro de 2004

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PAINEL S.A.

Bonitinha...
Politicamente, um sucesso; economicamente, um desastre. Foi assim que o economista José Márcio Camargo, da Tendências, classificou o aumento do salário mínimo anunciado pelo governo. Segundo ele, a decisão vai gerar um aumento dos gastos com aposentadorias e pensões de R$ 6,5 bilhões.

...mas ordinária
A razão para o desastre, segundo o economista, está no fato de o governo deslocar recursos que poderiam ser gastos com investimentos, como educação, para gastar com aposentadorias e pensões. O país, segundo Camargo, já aplica 12% do PIB nos aposentados, sendo que eles não passam de 6,75% da população.

Politicamente correto
A diretoria do BNDES aprovou nesta semana a inclusão de companheiros e companheiras de funcionários do mesmo sexo no plano de assistência e saúde do banco.

O mundo gira
Depois de anos à frente da Embratel, quando protagonizou disputas com as operadoras fixas, entre as quais a Telefônica, a executiva Purificación Carpinteyro mudou de lado. Há um mês, ocupa o cargo de diretora de empresas da Telefônica, no México. Carpinteyro era voz firme da Embratel em questões como a defesa da concorrência no setor de longa distância.

Mãos à obra
Logo depois de assumir ontem a presidência do Sebrae, Paulo Skaf (Fiesp) marcou reunião para o sábado de manhã, apesar de o mandato de Alencar Burti só terminar no dia 31 de dezembro.

Tela brasileira
A Elo TouchSystems, unidade de negócios da Tyco Electronics, vai produzir monitores sensíveis a toque no Brasil, em Manaus.

Compras na madrugada
As lojas dos shoppings Barrashopping e New York City Center, no Rio, funcionarão das 22h às 10h entre os dias 23 e 24 deste mês. O sindicato dos lojistas do Rio intermediou acordo entre os empregados e os shoppings. Pelo acordo, lojistas estarão isentos das despesas condominiais. Pagarão apenas 25% do adicional noturno.

Escola na cerveja
O grupo Schincariol lançou o Schin Business School, um curso de MBA sobre gestão estratégica criado para auxiliar os executivos a desenvolver novas técnicas gerenciais. A empresa investiu R$ 1,350 milhão no treinamento de seus funcionários em 2004 e a intenção é triplicar o valor em 2005.

Matando a fome
O Bob's investirá R$ 15 milhões em São Paulo em 2005. Neste ano, foram investidos R$ 8 milhões na abertura de mais de dez lojas. Amanhã, a loja da avenida Paulista será reinaugurada com três estações de chope, sorvete e café. Hoje são 67 pontos de vendas na capital e no interior do Estado.

Brasileiro na ONU
A Unep FI, iniciativa financeira do programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (braço ambiental da ONU), acaba de eleger Christopher Wells, gerente da área de análise de riscos sócio-ambientais do ABN-Amro no Brasil, como responsável pela seção latino-americana.

E-mail - guilherme.barros@uol.com.br

ANÁLISE

Lei de Falências

A nova Lei de Falências representa significativo avanço em relação à legislação anterior, principalmente porque aumenta as chances de recuperação de empresas em dificuldades. A opinião é do ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola.
Para o economista, a nova lei propiciará a queda do custo do crédito no Brasil, por dar maior segurança aos credores com garantias reais.
Na avaliação do ex-ministro, o governo também sairá ganhando. "Mesmo tendo perdido a preferência no recebimento dos seus créditos, a maior chance de recuperação da empresa aumentará a probabilidade de o fisco ter os créditos pagos."
A aprovação, diz, mostra que avanços continuam ocorrendo no ambiente legal, com vistas a facilitar o funcionamento dos mercados e a propiciar um melhor ambiente para os negócios e para o crescimento.

NO MERCADO

Apesar da decisão do BC de comprar dólares, os fundos cambiais têm perdido recursos. A ação do BC deveria, em tese, elevar a cotação do dólar. Nos dez primeiros dias do mês, esses fundos tiveram saques líqüidos de R$ 271,6 milhões.

FRASE

A chance de recuperação da empresa amplia a possibilidade do fisco reaver o crédito


Gustavo Loyola
ex-presidente do BC


NÚMEROS

0,51%
Foi a queda nos preços nos supermercados de São Paulo em novembro, segundo a Apas.

263
São as falências requeridas na 1ª quinzena do mês em SP, mostra dados do Fórum apurados pela Folha.

RESUMO DAS MOEDAS

Dólar livre R$ 2,723/2,725
Dólar paralelo R$ 2,95/3,02
Dólar turismo R$ 2,70/2,81
Poupança 0,7012%
Euro em Londres 1,3407 dólar
Dólar em Tóquio 104,20 ienes


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