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Uruguai se alia
ao Brasil contra
as salvaguardas
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O Brasil terá, nas discussões de
Ouro Preto e Belo Horizonte, um
aliado contra a imposição de salvaguardas para produtos fabricados no Mercosul: o Uruguai. Os
uruguaios desejam que o bloco
adote definitivamente o regime
de livre circulação de mercadorias, sem nenhuma salvaguarda.
Montevidéu também almeja
mais celeridade na instalação de
um tribunal do bloco para tratar
de controvérsias comerciais.
""O Uruguai não quer salvaguardas de nenhuma maneira, sob hipótese alguma. Para nós, será
uma grande decepção se não houver uma solução para esse assunto", afirmou o diretor de Integração e Mercosul da chancelaria
uruguaia, Gustavo Vanerio, que
acompanha o chanceler uruguaio
Didier Opertti em Minas.
O atual governo uruguaio, do
presidente Jorge Batlle (Partido
Colorado), deixa o poder no dia 1º
de março. O novo governo, do esquerdista Tabaré Vázquez (Frente Ampla), não dá mostras de que
tratará o tema de forma diferente.
O futuro governo, apurou a Folha, tende a manter a decisão de
apoiar o Brasil no aprofundamento da abertura regional.
Mas os uruguaios vêem com reservas a instalação de um parlamento do Mercosul, a exemplo do
que tem a União Européia.
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