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Mercado Aberto
Guilherme Barros @ - guilherme.barros@uol.com.br
Lula quer enfatizar responsabilidade fiscal
O pacote econômico do governo de destravamento do
crescimento já está pronto e
deve ser anunciado na próxima
quinta-feira pelo presidente
Luiz Inácio Lula da Silva. Nas
reuniões com a equipe econômica, Lula definiu o pacote como uma espécie de Plano de
Metas de Juscelino Kubitschek, mas com maior responsabilidade fiscal. Serão anunciados cerca de 50 obras de infra-estrutura a serem realizadas
em quatro anos.
No anúncio do pacote, a
exemplo do que tem declarado
nas reuniões, Lula vai dizer que
continuará priorizando o controle da inflação, como fez no
primeiro mandato.
O presidente deixou claro a
seus auxiliares que está cansado de ouvir críticas em relação
à possibilidade de aumento de
gastos. O que Lula tem afirmado, nessas reuniões, é que ele é
o fiador da responsabilidade
fiscal do governo e já demonstrou, no seu governo, que não
vai permitir a volta da inflação.
O ministro Paulo Bernardo,
do Planejamento, levou à reunião de quarta no Palácio do
Planalto números que mostram que o governo Lula gastou
em pessoal menos do que FHC.
Em 2002, os gastos com pessoal representavam 5,2% do
PIB, enquanto neste ano fecham em 5,1% do PIB.
O número teria sido menor,
não fosse o aumento deste ano,
puxado pelas eleições. Os gastos com pessoal eram de 4,7%
do PIB em 2005. Em razão das
eleições, o governo foi mais "generoso" em 2006 do que nos
anos anteriores.
Apesar do aumento de gastos
deste ano, Lula vai procurar
mostrar que não vai abrir mão
da austeridade fiscal, tampouco de um crescimento maior do
PIB. O plano econômico tende
a ser mais conservador do que
até defendia historicamente o
ministro Guido Mantega, que
sempre foi alinhado ao desenvolvimentismo.
O seu objetivo era que o país
crescesse 5%, mas ele não pretende sacrificar o equilíbrio fiscal para atingir essa meta. No
plano só deve constar uma leve
referência a respeito das previsões iniciais de o país se expandir 5% em 2007.
Lula tem dito, nas reuniões,
que ele ganhou as eleições por
dois motivos: primeiro por ter
controlado a inflação, e, em segundo, por ter aumentado a
renda dos mais pobres. O plano
econômico deve manter essas
duas prioridades.
SOB MEDIDA
A empresária carioca Andrea Saletto acaba de levar às
lojas seu serviço de "demi-couture", com peças feitas em
tiragem limitada, tecidos importados e estampas exclusivas para festas e noite. "Temos uma minicoleção pronta.
A partir dela produzimos as peças sob medida para as
clientes", diz Saletto. Batizada de Especial, a linha é vendida no mezanino das lojas de rua da marca -na Oscar
Freire, em São Paulo, e em Ipanema, no Rio. Arquiteta de
formação, há 20 anos, Saletto decidiu "construir" roupas.
Hoje, tem quatro lojas próprias e outras seis de sua segunda marca, a Permanente. "Se sentirmos que é necessário, no futuro, abriremos lojas da Especial também", diz.
LAR, DOCE LAR
O mercado imobiliário deve aquecer a próxima edição da
Gift Fair, uma das maiores feiras de lar do país, que será
realizada entre 19 e 22 de março de 2007. A expectativa é de
Mauro Jordão, diretor da Laço, promotora do evento. Para
ele, os segmentos de design, decoração e utilitários de cozinha são os que mais devem aproveitar a onda da construção.
"O design brasileiro se destacará, principalmente, porque
tem padrão internacional e é muito agradável e eclético", diz
Jordão, que afirma prever um crescimento "ainda maior
dentro de um ano". A feira, que chega à 34ª edição, terá cerca de 730 expositores dos setores de presentes, utilidades
domésticas, decoração, design e móveis.
FESTA DE ARROMBA
Economistas e matemáticos comemoraram na quinta os 60 anos de Aloisio Pessoa de Araújo, professor da
EPGE-FGV e do Impa.
Araújo é da National Academy of Science, da qual só
10 dos 61 membros são de
fora dos EUA. Na festa, no
Paço (RJ), estavam José Alexandre Scheinkman, Pedro
Malan, Carlos Ivan Simonsen Leal, Marcos Lisboa,
Sergio Werlang, Joaquim
Levy, Beni Parnes, Ilan
Goldfajn, Maria Silvia Bastos Marques e Luiz Schymura. Só se falava em inglês.
LÍNGUA AFIADA
Fernando Henrique Cardoso chamou o programa de
desenvolvimento do governo Lula de uma releitura do
"Avança Brasil", que foi lançado em seu governo. O ex-presidente afirmou ainda
que o programa veio muito
tarde, mas, segundo ele, "é
melhor que tentem fazer alguma coisa agora do que não
fazer nada". As declarações
foram dadas ao empresário e
entrevistador João Doria Jr.
no programa "Show Business", que será exibido na
noite de amanhã, na Rede
TV!
NOVO CARGO
O brasileiro Eduardo
Araujo assume o cargo de vice-presidente e gerente geral para a América Latina da
EDS, empresa especializada
em terceirização de serviços
de TI. Araujo é o primeiro
brasileiro no comando da
região -que inclui Brasil,
Argentina, México, América
Central, regiões caribenhas
e andinas. Sua meta é dobrar
o faturamento na região em
três anos. Ele vem da Hewlett-Packard, onde atuava
como vice-presidente e gerente-geral da HP Services
na América Latina e Caribe.
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