SERGIO COSTA
DA SUCURSAL DO RIO

O brasileiro pretende gastar R$ 156,16, em média, para presentear ao menos quatro pessoas no Natal -cerca de R$ 40 por presente. É o que mostra pesquisa nacional realizada pela Fecomércio-RJ em parceria com o Instituto Ipsos. As mulheres vão consumir 38,46% a mais do que os homens: R$ 180 contra R$ 130, em média.
Em relação ao ano passado, 37% pretendem gastar mais, 26% dizem que vão se manter na média e 24% querem reduzir os gastos neste fim de ano.
Segundo a pesquisa, 48% não pretendem dar presentes. Será um Natal "família". Dos 50% dos entrevistados que vão às compras, 89% vão presentear os parentes em primeiro lugar. Em seguida, amigos (17%) e colegas de trabalho (5%).
Para o economista João Carlos Gomes, da Fecomércio, que participou da pesquisa, R$ 156 representam um gasto expressivo. "Principalmente se levarmos em conta que boa parte dos trabalhadores brasileiros ganha até dois salários mínimos. A disposição para gastar pode ser atribuída ao controle da inflação, ao aumento do emprego, à expansão do crédito e ao câmbio baixo, que facilita a entrada de importados."
Vedete em outros Natais, o celular está em último lugar na intenção de compras, com 1%. A maioria prefere roupas e acessórios (43%), lembrancinhas (43%) e brinquedos (21%). Os CDs serão opção para 8%. As respostas são múltiplas.
Para Gomes, a explicação para o menor interesse pelo celular está na sofisticação dos produtos. "Como a base de quem tem celular está bastante grande, ele perde atrativo como presente. A motivação poderia estar em trocar os aparelhos por modelos mais modernos e com mais atrativos tecnológicos, mas isso os torna presentes caros, fora do poder de compra dos que ganham menos."
A forma de pagamento preferida para 79% é à vista. A segunda opção (6%) é o parcelamento no cartão de crédito, em média de cinco vezes. O cheque pré-datado só deverá ser usado por 1% dos consumidores.
Mais da metade (53%) dos brasileiros enfeita suas casas e 28% montam árvores de Natal, mesmo percentual dos que participam de, ao menos, duas brincadeiras de amigo-oculto (amigo-secreto em São Paulo) nesta época. A pesquisa foi realizada em mil domicílios de 70 cidades brasileiras de nove regiões metropolitanas, entre 29 de novembro e o último dia 6.


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