JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Demian Fiocca, disse ontem que o banco encerrará o ano com um total de R$ 50 bilhões em desembolsos e negou que o presidente Lula tenha se irritado com o desempenho da instituição.
O resultado ficará abaixo do orçamento previsto para este ano, de R$ 60 bilhões, e representará um crescimento menor dos empréstimos do que o verificado em 2005.
No ano passado, o BNDES emprestou R$ 47 bilhões, um aumento de 17,5% em relação a 2004. Caso o prognóstico apresentado por Fiocca se confirme, o crescimento de 2006 será de 6,4%.
Fiocca minimizou o fato de que vão sobrar recursos para empréstimo no banco. O BNDES atribui a expansão em ritmo menor ao resultado do primeiro trimestre, quando os desembolsos caíram 28,4%. Desde julho, os desembolsos crescem a ritmo superior ao de igual período do ano anterior.
Fiocca negou que o presidente Lula tenha ficado irritado com o desempenho do banco, conforme noticiado ontem pela Folha. Segundo ele, reunião na última quarta-feira no Planalto para discutir os projetos de infra-estrutura foi marcada por cobranças em diversas áreas sobre como destravar o crescimento. "Houve uma ampla discussão dos vários setores que estavam apresentando planos para o futuro, discutiu-se também o papel do BNDES, mas evito entrar na polêmica das pequenas intrigas", disse Fiocca.


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