DA SUCURSAL DO RIO

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou ontem que terá, este ano, R$ 26 bilhões disponíveis para empréstimos. A quantia representa um aumento de 11,15% sobre os R$ 23,39 bilhões emprestados no ano passado.
Em 1999, o banco estatal, principal fonte de recursos de longo prazo do país, havia emprestado R$ 19,9 bilhões. O setor de telecomunicações foi o mais beneficiado pelo banco, em 2000, recebendo R$ 4,73 bilhões, seguido pelo setor de equipamentos de transportes, com R$ 2,7 bilhões. Esse setor tem como principal representante a Embraer.
Ainda neste mês, o BNDES deve aprovar empréstimo de cerca de US$ 100 milhões para viabilizar a primeira exportação da Embraer para a China. A encomenda deverá ser de cinco aviões.
Segundo o vice-presidente do banco, José Mauro Carneiro da Cunha, os empréstimos às micro e pequenas empresas somaram R$ 3,03 bilhões, em um total de 94 mil operações. Os números cresceram, respectivamente, 75% e 83% sobre os de 1999.
Carneiro da Cunha disse que cada real emprestado pelo BNDES no ano passado viabilizou o dobro em investimentos. O plano do banco prevê que em 2005 essa participação de 50% no valor médio dos investimentos será reduzida para 40%. Para cada R$ 1,00 do BNDES, o investidor terá que entrar com R$ 1,50.
O diretor da área de crédito do banco, Isaac Zagury, disse que a inadimplência dos clientes no ano passado ficou abaixo de 1% da carteira de empréstimos, que soma R$ 65 bilhões. Segundo ele, é o nível de inadimplência mais baixo do sistema bancário do país.
Os financiamentos do BNDES às exportações somaram no ano passado R$ 5,7 bilhões, equivalentes a US$ 3,076 bilhões. Em 1999, o setor exportador havia recebido US$ 2,092 bilhões.


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