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São Paulo, sexta-feira, 17 de janeiro de 2003

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Setor atravessa onda mundial de aquisições

DA REPORTAGEM LOCAL

O negócio de mais de R$ 1,4 bilhão entre a BrasilCel e a TCO faz parte de uma enorme série de fusões de empresas de telefonia celular que vem acontecendo no mundo e deve ocorrer no Brasil nos próximos meses.
O professor titular da área de comunicação sem fio da Unicamp, Michel Yacoub, disse ontem à Folha que empresas de telefonia celular no mundo inteiro começam a se mover para fusões ou compras intercontinentais.
"Recentemente saiu a notícia de que a gigante japonesa NTT Docomo quer se unir a operadoras da União Européia. Tudo isso para baratear a venda de telefonia móvel", afirmou Yacoub.
Para o especialista, as fusões e compras de operadoras de telefonia celular visam sobretudo baratear os custos das operações. "Eles são muito altos. As operadoras precisam de muita escala para vender seus serviços a um preço barato. E acredito que o consumidor quer sobretudo preço barato, não muitas novidades tecnológicas."
Cláudio Furtado, analista da CVF Investimentos, diz que a transação era esperada porque há a necessidade de consolidação no mercado.
"Como o retorno tem sido cada vez menor, é um caminho natural para as empresas se consolidarem, obtendo economia de escala e acesso a outros mercados."

Concorrência
Antes de fechar o negócio com a BrasilCel, a TCO manteve entendimentos com a TIM e Telecom Américas.
A BrasilCel passa a ser a segunda maior empresa de telefonia celular das Américas. A mexicana Telecom Américas segue na liderança. No Brasil, ela está presente em empresas como ATL (no Rio de Janeiro e Espírito Santo) e Tess (interior de São Paulo).
Uma das empresas de celulares que devem ser adquiridas em breve é a BCP, que atua na Grande São Paulo e em Estados do Nordeste. A empresa, que tem como sócios a BellSouth e os irmãos Safra, possui um dívida de R$ 1,7 bilhão. (LV)


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