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Setor atravessa onda mundial de aquisições
DA REPORTAGEM LOCAL
O negócio de mais de
R$ 1,4 bilhão entre a BrasilCel e a TCO faz parte de uma
enorme série de fusões de
empresas de telefonia celular
que vem acontecendo no
mundo e deve ocorrer no
Brasil nos próximos meses.
O professor titular da área
de comunicação sem fio da
Unicamp, Michel Yacoub,
disse ontem à Folha que empresas de telefonia celular no
mundo inteiro começam a
se mover para fusões ou
compras intercontinentais.
"Recentemente saiu a notícia de que a gigante japonesa
NTT Docomo quer se unir a
operadoras da União Européia. Tudo isso para baratear
a venda de telefonia móvel",
afirmou Yacoub.
Para o especialista, as fusões e compras de operadoras de telefonia celular visam
sobretudo baratear os custos
das operações. "Eles são
muito altos. As operadoras
precisam de muita escala para vender seus serviços a um
preço barato. E acredito que
o consumidor quer sobretudo preço barato, não muitas
novidades tecnológicas."
Cláudio Furtado, analista
da CVF Investimentos, diz
que a transação era esperada
porque há a necessidade de
consolidação no mercado.
"Como o retorno tem sido
cada vez menor, é um caminho natural para as empresas se consolidarem, obtendo economia de escala e
acesso a outros mercados."
Concorrência
Antes de fechar o negócio
com a BrasilCel, a TCO manteve entendimentos com a
TIM e Telecom Américas.
A BrasilCel passa a ser a segunda maior empresa de telefonia celular das Américas.
A mexicana Telecom Américas segue na liderança. No
Brasil, ela está presente em
empresas como ATL (no Rio
de Janeiro e Espírito Santo) e
Tess (interior de São Paulo).
Uma das empresas de celulares que devem ser adquiridas em breve é a BCP, que
atua na Grande São Paulo e
em Estados do Nordeste. A
empresa, que tem como sócios a BellSouth e os irmãos
Safra, possui um dívida de
R$ 1,7 bilhão.
(LV)
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