São Paulo, sábado, 17 de janeiro de 2004

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ENERGIA

Parcela é de US$ 90 milhões

AES deve começar a pagar BNDES neste mês

DA SUCURSAL DO RIO

O presidente mundial da AES Corporation, Paul Hanrahan, reuniu-se ontem com o diretor financeiro do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Roberto Timotheo da Costa, e confirmou que a empresa irá quitar no dia 31 deste mês a primeira parcela da dívida renegociada com o banco.
O valor a ser pago é de US$ 90 milhões. Também ficou acertado que o acordo firmado entre as partes, cujos termos foram acertados no final de dezembro passado, começa a ter validade a partir do dia 31.
Pelo acordo, o BNDES trocou metade da dívida de US$ 1,2 bilhão por participações em empresas controladas pela AES, tornando-se sócio da companhia.
Para gerir esses ativos, que incluem a distribuidora Eletropaulo, a geradora AES Tietê e a termelétrica AES Uruguaiana, foi criada uma empresa (a Brasiliana) de cujo capital total o BNDES tem 54% e a AES, 46%. Quando o acordo foi apresentado, no final de dezembro, o BNDES informou que ficaria com 50% das ações menos uma da nova empresa.
A AES recebeu investimentos de R$ 4,4 bilhões nos últimos sete anos.
A AES pagará o restante da dívida em parcelas semestrais ao longo de 11 anos. Para chegar a esses termos, o BNDES ameaçou cobrar a dívida na Justiça e negociou com a empresa por mais de um ano. A maior parte do débito teve origem num empréstimo à AES para aquisição do controle da Eletropaulo.
Junto com Hanrahan, estiveram no banco os dois principais negociadores da AES: o vice-presidente da companhia, Joseph Brandt, e o presidente da Eletropaulo, Eduardo Bernini.
Por causa da provisão para a possível inadimplência da AES, o BNDES encerrou o primeiro semestre de 2003 com prejuízo recorde de R$ 2,4 bilhões. Resolvido o caso, o banco espera um resultado positivo maior do que o registrado em 2002 (R$ 550 milhões).


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