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CUT quer mudar o CMN; Força vê alta "nefasta"
DA REPORTAGEM LOCAL
CUT e Força Sindical, as duas
principais centrais sindicais do
país, condenaram a decisão do
Banco Central de elevar os juros básicos da economia em 0,5
ponto percentual. A CUT pediu ontem mudanças na composição no CMN (Conselho
Monetário Nacional).
Em nota oficial, o presidente
da CUT, Luiz Marinho, informa que a central vai convidar
entidades empresariais, centrais sindicais e representantes
do mundo acadêmico para lançar uma campanha pela mudança na composição do CMN.
Segundo a CUT, representantes dos trabalhadores e de
empresas devem integrar o
CMN, hoje composto por ministros e pelo presidente do BC.
"Ele [o CMN] é o órgão normativo máximo do sistema financeiro, superior ao Banco
Central e ao próprio Copom
[Comitê de Política Monetária]. É responsável pela definição de metas de inflação, taxas
de juros de longo prazo e diretrizes gerais de crédito."
Para a CUT, ampliar o conselho é a única maneira de "tornar efetivas mudanças na política de juros e permitir que o
país adote um novo rumo para
garantir o desenvolvimento".
A Força Sindical classificou
como "nefasta" a decisão de
aumentar os juros de 18,25%
para 18,75% ao ano.
"Mais uma vez o governo dá
um presente aos especuladores
e pune a produção e o emprego
no país."
Para o presidente da Força,
Paulo Pereira da Silva, "é preocupante presenciar sucessivas
altas nos juros que estão nos levando para tempos tenebrosos,
com esse ortodoxo e desnecessário aperto monetário ditado
por insensíveis tecnocratas do
Banco Central".
(CR)
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