São Paulo, quinta-feira, 17 de fevereiro de 2005

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CUT quer mudar o CMN; Força vê alta "nefasta"

DA REPORTAGEM LOCAL

CUT e Força Sindical, as duas principais centrais sindicais do país, condenaram a decisão do Banco Central de elevar os juros básicos da economia em 0,5 ponto percentual. A CUT pediu ontem mudanças na composição no CMN (Conselho Monetário Nacional).
Em nota oficial, o presidente da CUT, Luiz Marinho, informa que a central vai convidar entidades empresariais, centrais sindicais e representantes do mundo acadêmico para lançar uma campanha pela mudança na composição do CMN.
Segundo a CUT, representantes dos trabalhadores e de empresas devem integrar o CMN, hoje composto por ministros e pelo presidente do BC.
"Ele [o CMN] é o órgão normativo máximo do sistema financeiro, superior ao Banco Central e ao próprio Copom [Comitê de Política Monetária]. É responsável pela definição de metas de inflação, taxas de juros de longo prazo e diretrizes gerais de crédito."
Para a CUT, ampliar o conselho é a única maneira de "tornar efetivas mudanças na política de juros e permitir que o país adote um novo rumo para garantir o desenvolvimento".
A Força Sindical classificou como "nefasta" a decisão de aumentar os juros de 18,25% para 18,75% ao ano.
"Mais uma vez o governo dá um presente aos especuladores e pune a produção e o emprego no país."
Para o presidente da Força, Paulo Pereira da Silva, "é preocupante presenciar sucessivas altas nos juros que estão nos levando para tempos tenebrosos, com esse ortodoxo e desnecessário aperto monetário ditado por insensíveis tecnocratas do Banco Central". (CR)

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