São Paulo, sábado, 17 de fevereiro de 2007

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Pólo ceramista teme perda de mercado para a China se preço do gás subir no país

Wagner Morente/Folha Imagem
Cerâmica que utiliza gás natural no interior de São Paulo


MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA

O setor ceramista teme os efeitos de um possível aumento no preço do gás natural que recebe da Bolívia. Um deles é a possibilidade de perder mercado no país para a China. Na avaliação da Aspacer (Associação Paulista das Cerâmicas de Revestimento), a empresa que repassar o custo dessa eventual alta ao consumidor ficará menos competitiva.
O segmento depende do gás para produzir cerâmicas. Depois de uma longa negociação, a Bolívia fechou acordo anteontem com o governo brasileiro para reajustar o preço do gás natural.
Para a Aspacer, o governo não é claro sobre o reajuste. O pólo ceramista nacional concentra-se na região de Santa Gertrudes, Limeira e Rio Claro, no interior de SP.
"Somos reféns do gás natural e é impossível usar outro tipo de energia. Se houver aumento, não poderemos repassar o preço ao consumidor porque corremos o risco de perder mercado", disse o presidente da entidade, João Bergstron Neto.
"Em 2005, os chineses venderam cerca de 440 mil m2 de piso de cerâmica no Brasil. Já no ano passado, esse número subiu para 2 milhões de m2. Esse crescimento é bastante significativo", afirmou Bergstron Neto.


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