|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Crise na Indonésia ainda pode se agravar, prevêem FMI e Bird
das agências internacionais
A crise na Indonésia ainda pode
se agravar, afirmaram ontem durante um encontro em Jacarta, capital do país, representantes dos
principais organismos financeiros
internacionais, entre os quais o
FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial.
Estimativas feitas pelo FMI e por
economistas internacionais indicam que a economia da Indonésia
deverá ter um recuo entre 2% e 3%
este ano.
No ano passado, o PIB (Produto
Interno Bruto) indonésio teve uma
queda de cerca de 15% em virtude
da crise financeira asiática, que
eclodiu em julho de 97.
Ontem, o diretor do Banco Mundial para a Indonésia, Dennis de
Tray, insistiu que o país deve evitar
"todo contentamento prematuro".
O representante do FMI, Jadím al
Al-Eyd, afirmou que a principal
causa da crise é a debilidade do sistema bancário.
O FMI lidera um pacote de ajuda
de cerca de US$ 50 bilhões. O país,
que já recebeu US$ 8 bilhões do
crédito de US$ 11,2 bilhões do FMI,
quer obter ajuda adicional do organismo internacional.
Um porta-voz do FMI confirmou
ontem que a liberação de mais recursos está sendo discutida pelos
representantes do organismo, mas
disse que ainda não há uma decisão a esse respeito. O socorro seria
de mais US$ 1 bilhão.
Na última semana, o presidente
indonésio, B.J. Habibie, afirmou
que ainda este mês o governo decidirá o futuro de 43 bancos atingidos pela crise financeira.
Habibie afirmou que o plano de
liquidação das instituições financeiras já está pronto e que deverá
ser anunciado no dia 27 deste mês.
Ontem, o ministro das Finanças,
Bambang Subianto, divulgou que
a Indonésia possuía US$ 57 bilhões
em dívidas públicas no final de 98.
A dívida privada do país já somavaUS$ 64 bilhões ao final do ano
passado.
Texto Anterior: Ajuda financeira à Rússia depende de plano anticrise Próximo Texto: Luís Nassif: O fundamentalismo e o câmbio Índice
|