São Paulo, Quarta-feira, 17 de Fevereiro de 1999
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Crise na Indonésia ainda pode se agravar, prevêem FMI e Bird

das agências internacionais

A crise na Indonésia ainda pode se agravar, afirmaram ontem durante um encontro em Jacarta, capital do país, representantes dos principais organismos financeiros internacionais, entre os quais o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial.
Estimativas feitas pelo FMI e por economistas internacionais indicam que a economia da Indonésia deverá ter um recuo entre 2% e 3% este ano.
No ano passado, o PIB (Produto Interno Bruto) indonésio teve uma queda de cerca de 15% em virtude da crise financeira asiática, que eclodiu em julho de 97.
Ontem, o diretor do Banco Mundial para a Indonésia, Dennis de Tray, insistiu que o país deve evitar "todo contentamento prematuro".
O representante do FMI, Jadím al Al-Eyd, afirmou que a principal causa da crise é a debilidade do sistema bancário.
O FMI lidera um pacote de ajuda de cerca de US$ 50 bilhões. O país, que já recebeu US$ 8 bilhões do crédito de US$ 11,2 bilhões do FMI, quer obter ajuda adicional do organismo internacional.
Um porta-voz do FMI confirmou ontem que a liberação de mais recursos está sendo discutida pelos representantes do organismo, mas disse que ainda não há uma decisão a esse respeito. O socorro seria de mais US$ 1 bilhão.
Na última semana, o presidente indonésio, B.J. Habibie, afirmou que ainda este mês o governo decidirá o futuro de 43 bancos atingidos pela crise financeira.
Habibie afirmou que o plano de liquidação das instituições financeiras já está pronto e que deverá ser anunciado no dia 27 deste mês.
Ontem, o ministro das Finanças, Bambang Subianto, divulgou que a Indonésia possuía US$ 57 bilhões em dívidas públicas no final de 98. A dívida privada do país já somavaUS$ 64 bilhões ao final do ano passado.


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