DA REDAÇÃO

O Brasil está fora da lista de países-chave do plano de reestruturação que o grupo de alimentos italiano Parmalat anunciou ontem, segundo a agência de notícias Reuters.
O plano apresentado pelos administradores da Parmalat na Itália inclui a troca de dívidas por ações da companhia e a venda de ativos considerados não-estratégicos. O grupo informou que vai concentrar suas atividades na Itália, na Espanha, no Canadá, na Austrália, na África do Sul e na Venezuela, sem citar o Brasil.
A matriz informou que está tentando alcançar um acordo local com os credores no Brasil, mas que a situação não está mais sob o seu controle. A Parmalat Alimentos está sendo administrada judicialmente desde o mês passado por determinação do juiz Carlos Henrique Abrão, da 42ª Vara Cível de São Paulo.
Segundo uma fonte ligada ao processo, interventores e a matriz estão negociando um acordo que deve devolver aos acionistas o controle da empresa no Brasil. Neste mês, a Parmalat Itália contratou uma empresa especializada em gestão de crises para representar seus interesses no país.
O interventor da Parmalat Alimentos, Keyler Carvalho Rocha, chamou uma assembléia de acionistas para o próximo dia 31 de março, onde o novo conselho administrativo vai ser eleito.
A empresa demitiu cerca de cem funcionários da unidade de São Paulo na última segunda-feira, a maior parte ligada à administração e vendas da empresa.