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MERCADO ABERTO
Dantas quer retomar Brasil Telecom
O
Opportunity, de Daniel
Dantas, entrou com pedido
de agravo de instrumento
na Justiça do Rio para tentar
retomar a gestão da Brasil Telecom, hoje nas mãos dos fundos
de pensão e do Citigroup.
Em seu recurso, o Opportunity
defende a anulação da liminar
concedida no ano passado pela
juíza Márcia Cunha suspendendo o acordo "guarda-chuva". O
documento, assinado pelo próprio Opportunity sem o conhecimento dos sócios (os fundos e o
Citi), garante ao banco o controle
da Brasil Telecom, mesmo se for
destituído da gestão da empresa.
A suspensão do "guarda-chuva" foi o que possibilitou aos fundos e ao Citi destituírem o Opportunity do controle da BrT.
O agravo do Opportunity está
sendo analisado pela desembargadora Letícia Sardas, da 8ª Câmara Cível do Rio, que pediu aos
fundos de pensão que se manifestassem sobre o recurso.
O que motivou o Opportunity
a tentar retomar o controle da
BrT foi o fato de a juíza Márcia
Cunha ter se autodeclarado impedida para julgar o caso. Se conseguir reverter a decisão de Cunha, o banco teria condições de
assumir novamente a gestão da
BrT. A definição em relação ao
agravo do Opportunity vai depender, no entanto, de a Justiça
brasileira validar ou não uma decisão tomada ontem pelo juiz Lewis Kaplan, de Nova York, em
que determina o impedimento
do Opportunity de usar o "guarda-chuva" para qualquer fim.
A desembargadora Letícia Sardas diz que ainda tem de receber
a decisão de Nova York para saber se ela é válida ou não para esse processo. Ela afirma ainda que
espera levar o recurso para ser
apreciado pelo colegiado de desembargadores da 8ª Câmara Cível até o início de maio.
O Opportunity disse que vai recorrer da decisão de Kaplan.
REUNIÃO NA CHINA
O vice José Alencar estará na
China dos dias 21 a 25 à frente de
uma delegação com empresários
brasileiros e ministérios. No dia
22, em Xangai, participa de um
seminário para empresários chineses sobre agronegócio e investimentos estrangeiros, organizado pelo Conselho-Empresarial
Brasil-China. Mais de 150 chineses já confirmaram presença.
EM REVISTA
A Natura irá lançar a "Revista
Natura", em substituição ao catálogo de produtos da marca. A
publicação de 212 páginas, em
parceria com uma editora, terá
tiragem inicial de 2,3 milhões de
exemplares a cada 21 dias. Funcionará como uma ferramenta
estratégica de comunicação da
marca com suas mais de 500 mil
consultoras e o consumidor.
ELEIÇÕES
O presidente da Câmara, Aldo
Rebelo (PC do B-SP), é o convidado do seminário Lide (Grupo
de Líderes Empresariais) no dia
30. A convite de João Dória Jr.,
ele falará a 300 empresários. No
cardápio, eleições presidenciais.
ÊNFASE FISCAL
A possível vitória de Geraldo
Alckmin (PSDB) à Presidência
traria como única alteração, no
curto prazo, a aceleração da política fiscal para dar mais flexibilidade à condução monetária. A
análise foi feita pelo economista
da Associação Comercial de São
Paulo, Marcel Solimeo, em reunião do conselho da entidade, na
quarta, diante de representantes
de empresas como Bradesco,
Santander, HSBC, Carrefour e
Casas Bahia, entre outros.
PÉ ESTRANGEIRO
A paixão por moda e por
produtos em couro tirou a psicóloga Sarah Chofakian de
dentro do consultório. Hoje
empresária conhecida no
mercado de luxo brasileiro, ela
começa a exportar sapatos e
bijuterias para boutiques de
Londres, de Paris e da costa
francesa. Os contatos foram
feitos por meio de representantes na Europa e até pela internet. "Para exportar, tivemos de fazer algumas modificações no acabamento e na etiquetagem", explica Chofakian. Os modelos, no entanto,
são os mesmos. "O brasileiro
não perde em nada no design." Com a adição de taxas e
frete, o preço no exterior é
equivalente ao que os clientes
brasileiros pagam. "Nosso
produto não é mais barato lá
fora. É um produto de status",
explica a empresária.
PREFERÊNCIA CHILENA
Salvador, Florianópolis e Búzios foram os principais locais
escolhidos para as férias pelos
chilenos neste início de ano, segundo a Associação Chilena das
Empresas de Turismo. Ficaram à
frente de Bariloche e Mendoza
(Argentina) e Punta del Este
(Uruguai). O Chile está entre os
dez que mais enviam turistas ao
país ao ano, diz a Embratur.
PARA OS PEQUENOS
Voltado a médias, pequenas e
microempresas, a "bandeira"
Visa Empresarial teve aumento
de 58% no número de cartões e
de 44% no volume transacionado em 2005. As ações da empresa
nesse mercado serão abordadas
em palestra da executiva da Visa
Kátia Weber no Congresso
Mundial de Jovens Empreendedores, hoje, em São Paulo.
AÇÃO DIRECIONADA
As campanhas dirigidas à classe médica têm elevado as prescrições da vardenafila, princípio
ativo do Levitra e do Vivanza, ao
tratamento da disfunção erétil. A
participação de mercado dos
dois medicamentos, somados,
saltou de 28,6% em setembro
passado para 39% em janeiro.
FARMÁCIA
O Brasil recebe hoje o diretor
médico da área intercontinental
da farmacêutica norte-americana Eli Lilly, Humberto Rojas, que
vai conferir a performance da filial como centro de pesquisas.
Em 2006, ela deve investir R$ 15
milhões em pesquisas locais.
TURISMO NA REDE
O impacto que sites de viagem
provocam nos mercados e a chegada desse sistema de distribuição de produtos ao Brasil serão
abordados em palestra no Fórum Panrotas, no dia 22, em SP.
Participam do evento executivos
de dois dos principais sites do
mundo, Expedia e Travelocity.
CAFÉ VALORIZADO
A valorização do café para o
consumidor tem impulsionado
também os negócios de quem
fornece a restaurantes, hotéis e
cafeterias. O Café Gourmet Santa
Mônica, voltado a esse nicho de
mercado, teve alta de 25% nas
vendas no período de um ano.
ANÁLISE
Copom "dividido" não sinaliza mudança
A divisão entre os integrantes
do Copom na última reunião para
decidir a taxa de juros, na semana
passada, pode não significar um
indício de que o Banco Central estaria mais propenso a acelerar o
ritmo de redução da Selic. A avaliação é de Roberto Padovani, da
Tendências Consultorias.
Parte do mercado entende que o
fato de três membros do comitê
terem votado por um corte de um
ponto percentual na reunião deste mês -contra os seis demais
que optaram por uma queda de
0,75 ponto percentual- seria um
indício dessa tendência do BC.
Padovani, no entanto, recorre a
resultados de encontros anteriores do Copom para demonstrar
que nem sempre a divisão dos
membros quanto ao ritmo de redução se refletiu como sinal de
mudança na política monetária.
Ele destaca que o cenário para a
próxima reunião depende muito
mais de uma avaliação sobre o risco inflacionário e da estratégia do
BC. Segundo ele, as incertezas
quanto a um patamar "mínimo"
de juros no país sugerem nova
queda de 0,75 ponto percentual.
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