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Ministra critica
emenda; Serra
não comenta
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
A ministra Dilma Rousseff
(Casa Civil) aumentou o coro
contra a chamada emenda
Ibsen, que alterou as regras
de distribuição dos royalties
de petróleo, reduzindo os recursos dos Estados produtores, como o Rio de Janeiro.
Em seu primeiro comentário sobre o assunto, a pré-candidata do PT à Presidência disse que o desejo do governo era "contemplar os Estados produtores e, ao mesmo tempo, pegar uma parcela e distribuir para os outros
Estados", mas, da forma como ficou, os produtores tiveram uma "penalidade maior
do que deveriam".
"Os Estados produtores tinham que ter tratamento diferenciado. É o que diz a lei",
afirmou. Embora o governo
fosse contra a emenda, a mudança foi aprovada com
apoio da base aliada.
Embora aposte que o Senado deva mudar a emenda,
Dilma negou que o presidente Lula esteja telefonando
para senadores pedindo que
alterem o projeto. "Quem conhece o presidente sabe que
ele não faria isso."
Dilma disse que também
não fará esse movimento
porque não é atribuição da
Casa Civil, mas do Ministério
das Relações Institucionais,
responsável pela relacionamento com o Congresso.
"Como sempre apostamos
no diálogo, no consenso, a
gente espera que haja uma
busca que contemple esse
desejo do governo, que era
não atribuir aos Estados produtores penalidade maior do
que deveria", comentou.
A emenda divide os royalties do petróleo de forma
igual entre todos os Estados,
mais o Distrito Federal
-tendo como parâmetro as
regras do FPE e do FPM
(fundos de participação dos
Estados e dos Municípios).
Serra
O governo de São Paulo informou que se pronunciará
sobre a emenda Ibsen só
após a votação no Senado.
Questionado anteontem, o
governador José Serra
(PSDB), possível candidato
tucano à Presidência, recusou-se a falar sobre royalties.
A Folha apurou que o governo paulista espera que o
texto seja mudado pelos senadores. A emenda também
afetará São Paulo, que se
converterá, com o pré-sal,
num dos grandes produtores
de petróleo do país.
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