São Paulo, sexta-feira, 17 de maio de 2002

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Venda de supermercado deve cair 13%

CÍNTIA CARDOSO
DA REPORTAGEM LOCAL

O faturamento dos supermercados do Estado de São Paulo deve registrar, em abril, queda de 13% em relação a março. A estimativa é da Apas (Associação Paulista de Supermercados).
Segundo o presidente da Apas, Omar Assaf, um dos fatores que contribuíram para essa retração foi o recuo de 1,08% nos preços do grupo alimentos e bebidas registrado em abril.
Para este ano, a previsão é de crescimento de 2,5% a 3% nas vendas. Em 2001, o setor cresceu apenas cerca de 1%.
Comparando-se janeiro a março de 2002 com o mesmo período do ano passado, nota-se que houve crescimento de 0,23%. Porém nesse valor está incluído o volume de vendas da Páscoa.
Para especialistas, este mês será decisivo para o desempenho positivo em 2002. A Apas torce para que este mês seja melhor que maio de 2001, quando as vendas dos supermercados paulistas caíram 10,5%.
Dados da Associação Comercial de São Paulo revelam desaquecimento no setor de varejo. Só na primeira quinzena deste mês as vendas a prazo caíram 4,9%.

Pesquisa
De acordo com Assaf, uma das estratégias para melhorar o desempenho dos supermercados é ampliar o conhecimento a respeito dos hábitos de consumo. Para isso, a entidade contratou os serviços da consultoria AC Nielsen.
Os resultados da pesquisa "Tendências do Varejo no Estado de São Paulo", realizada pela empresa de consultoria, indicam que diminuiu a participação das classes A e B nas vendas dos supermercados. Tal fato se reflete diretamente na queda das vendas de produtos considerados supérfluos, segundo Ari Vanderlei Gonzales, gerente da AC Nielsen.
Dados colhidos nos supermercados do interior de São Paulo mostram que houve retração de 4,4% no faturamento do segmento de higiene e beleza e de 2,2% nos produtos de limpeza.
Outra tendência apontada pela pesquisa diz respeito à expansão dos mercados de médio e pequeno porte. Nos últimos três anos, essas lojas tiveram aumento de 15% nas vendas.



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