São Paulo, domingo, 17 de maio de 1998

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Painel S/A


Sem saída
Os CPAs (títulos da Companhia Paulista de Ativos), que só poderão ser usados no leilão da Cesp Bandeirantes (sem data prevista), já são negociados com12% de desconto. Vai aumentar.

Esperança tributária
Os administradores de fundos de investimento dão como certa mudança na regra de tributação, que vigoraria em 1º de julho.

A conta-gotas
Não é um movimento generalizado, mas alguns investidores institucionais sacaram parte de suas aplicações em fundos. Estão aplicando em CDBs longos. A migração pode se intensificar caso a mudança tributária demore a ser anunciada ou não aconteça.

No tapetão
O comportamento das fundações depende de disputa jurídica. Alguns advogados entendem que fundos exclusivos de fundações não pagariam imposto na fonte, por conta de liminar obtida por elas. Outros dizem que o fundo tem outro CGC e teria de recolher.

Olho gordo
Mais duas instituições estrangeiras estão interessadas na BB DTVM: Templeton e Nations.

Sangue azul
De um executivo de banco: "Para o governo, ser estrangeiro é um requisito básico para poder ser comprador de empresas".

Checagem eletrônica
O Banco Safra apresenta na feira da Apas o Consult Safra: um equipamento impressor de cheque que, em menos de um minuto, e sem que o cliente saiba, confere on line o CPF do emitente junto ao Serasa e se o documento é roubado, sustado ou cancelado.

Risco calculado
O Banco Safra é um dos líderes no mercado de cheques pré-datados (entre supermercadistas tem perto de 400 clientes), com uma carteira total de R$ 410 milhões.

Vale refeição
Os governadores Vitor Buaiz (Espírito Santo) e Almir Gabriel (Pará) jantam hoje. No prato principal, a Vale do Rio Doce. Querem que a empresa apresente seus planos estratégicos para os governadores dos oito Estados em que a ex-estatal atua.

Peso eleitoral
As contas do setor público devem melhorar no segundo semestre, já que os gastos eleitorais serão concentrados até julho, acredita Raul Velloso. Ele prevê, no pior dos casos, um déficit nominal de 6,7% do PIB no ano.

"Overchutando"
O mercado está querendo dar para o déficit público o mesmo tratamento que já deu para a inflação e para o déficit da balança comercial, com projeções mensais. O problema, diz Velloso, é que há uma tendência de extrapolar o que se passa no presente, gerando previsões excessivamente otimistas ou pessimistas.

Queda anunciada
Até por um problema metodológico, o déficit tende a cair no final do segundo semestre. Porque o estouro das contas do último trimestre de 97 (de R$ 14 bilhões) começa deixar de ser computado.

Número mágico
Para os economistas, somente um crescimento do PIB de 6% poderia equacionar o problema do desemprego. Detalhe: um crescimento anual dessa magnitude só deve ocorrer, na melhor das hipóteses, no governo do sucessor do sucessor de FHC.

O enigma da esfinge
Em tempo, os economistas de bancos continuam não conseguindo entender como funciona a nova metodologia do IBGE para o cálculo do PIB.

Trocando as bolas
Um exemplo da enorme confusão nos métodos de cálculo do PIB: pelo método antigo, o PIB teria crescido 3,09% no segundo trimestre de 97 (número dessazonalizado); pelo novo, teria recuado 0,83%. Ou seja, a diferença é maior do que o crescimento de 97.

Maré baixa
O Índice Bovespa acumulava no ano, até a última sexta-feira, valorização de 6,96%. A alta já foi bem maior, de uns 17%. Perde para a renda fixa, que, na média dos FIFs de 60 dias, já rendeu mais de 9% -líquidos de Imposto de Renda.

E-mail:painelsa@uol.com.br



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