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Brasil propõe "New Deal" para os sócios menores
DE BUENOS AIRES
Diante das duras críticas dos
sócios menores ao Mercosul, o
chanceler Celso Amorim enviou ontem um sinal político a
Paraguai e Uruguai. Informou
que irá aos dois países nos próximo dias propor o que chamou
de "New Deal": um plano brasileiro para ativar projetos de financiamento, de cooperação
técnica e industrialização nos
vizinhos .
Amorim viajará no dia 23 para Montevidéu e em 26 para Assunção, acompanhado de uma
missão técnica: "Não é só uma
conversa política, embora eu
também queira ter uma conversa política. Estou levando o
BNDES, a Finep, setor de energia, setor aduaneiro. Temos de
ter mecanismo para que esses
países também se sintam parte
do crescimento do Mercosul."
Paraguaios, e principalmente
uruguaios, exigem compensações econômicas das principais
economias do Mercosul e dizem que, tal como está, o bloco
"não serve". O "New Deal" de
Amorim, referência ao plano
lançado para recuperar a economia norte-americana em
1933, é uma tentativa de resposta aos pedidos, quando aumentam as movimentações dos
dois países para fechar acordos
comerciais com os EUA.
O Uruguai aproveitou a reunião de ontem do Mercosul para cobrar do bloco que instale o
tribunal de arbítrio sobre a chamada "guerra das papeleiras"
-conflito entre uruguaios e argentinos pela instalação de fábricas de celulose no país de
Tabaré Vázquez.
Os uruguaios dizem que o
bloqueio da fronteira feito por
ambientalistas argentinos contra as indústrias viola as regras
do bloco.
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