São Paulo, sábado, 17 de junho de 2006

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Brasil propõe "New Deal" para os sócios menores

DE BUENOS AIRES

Diante das duras críticas dos sócios menores ao Mercosul, o chanceler Celso Amorim enviou ontem um sinal político a Paraguai e Uruguai. Informou que irá aos dois países nos próximo dias propor o que chamou de "New Deal": um plano brasileiro para ativar projetos de financiamento, de cooperação técnica e industrialização nos vizinhos .
Amorim viajará no dia 23 para Montevidéu e em 26 para Assunção, acompanhado de uma missão técnica: "Não é só uma conversa política, embora eu também queira ter uma conversa política. Estou levando o BNDES, a Finep, setor de energia, setor aduaneiro. Temos de ter mecanismo para que esses países também se sintam parte do crescimento do Mercosul."
Paraguaios, e principalmente uruguaios, exigem compensações econômicas das principais economias do Mercosul e dizem que, tal como está, o bloco "não serve". O "New Deal" de Amorim, referência ao plano lançado para recuperar a economia norte-americana em 1933, é uma tentativa de resposta aos pedidos, quando aumentam as movimentações dos dois países para fechar acordos comerciais com os EUA.
O Uruguai aproveitou a reunião de ontem do Mercosul para cobrar do bloco que instale o tribunal de arbítrio sobre a chamada "guerra das papeleiras" -conflito entre uruguaios e argentinos pela instalação de fábricas de celulose no país de Tabaré Vázquez.
Os uruguaios dizem que o bloqueio da fronteira feito por ambientalistas argentinos contra as indústrias viola as regras do bloco.


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