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Copom e Fed concentram as atenções do mercado
Taxa básica de juros Selic será revista até quarta-feira
DA REPORTAGEM LOCAL
A semana será carregada de
eventos econômicos, tanto no
âmbito interno quanto no externo. Por aqui, a decisão do
Copom (Comitê de Política
Monetária) será o acontecimento mais importante.
O Copom -formado por diretores e o presidente do Banco
Central- se reunirá amanhã e
na quarta para definir como fica a taxa básica de juros da economia (a Selic), que está em
15,25% anuais.
O mercado financeiro está
posicionado à espera de uma
redução de 0,50 ponto percentual na Selic.
Nos Estados Unidos, ao longo da semana haverá acontecimentos com força para mexer
com o mercado mundial.
Amanhã, será conhecido o
PPI (índice de preços no atacado, na sigla em inglês) de junho.
Na quarta, haverá a divulgação
do CPI (índice de preços ao
consumidor norte-americano),
além do testemunho de Ben
Bernanke, presidente do Fed (o
banco central dos EUA), no
Congresso americano.
Na quinta, será a vez de ser
conhecida a ata da última reunião do Fomc (o comitê de política monetária do Fed), que poderá trazer sinais do futuro da
política monetária nos EUA.
Como há mais de dois meses
o mercado global tem se pautado principalmente pelas falas
do Bernanke e pelos indicadores da economia norte-americana -e seus impactos sobre o
futuro dos juros no país-, haverá combustível suficiente para favorecer ou derrubar os
preços dos ativos.
Juros menores
O BC brasileiro vai seguir, na
opinião unânime do mercado,
com o processo de redução da
taxa básica de juros.
Nesse momento, a previsão
média do mercado é de que a taxa básica brasileira estará em
14,25% no fim de 2006. Mas é
importante que o cenário internacional não se deteriore de
forma expressiva para que essa
projeção seja cumprida.
Na semana passada, um novo
ingrediente turvou a expectativa de recuperação do mercado
financeiro. O conflito entre Israel e Líbano pressionou o preço do barril de petróleo, notícia
sempre negativa.
O mercado futuro de juros
registrou baixa nas projeções
para as taxas de juros na semana passada. No pregão da
BM&F (Bolsa de Mercadorias
& Futuros), a taxa no contrato
DI que vence no fim do mês recuou de 15,01% no começo de
julho para 14,85% na sexta-feira. O movimento indica que os
investidores passaram a confiar mais na possibilidade de a
Selic ser cortada nesta semana
em 0,50 ponto percentual.
Para Eduardo Yuki, economista da ABN Amro Asset Management, a taxa Selic será reduzida de 15,25% para 14,75%
anuais. "A atuação consistente
e conservadora na adoção da
política monetária pelo Banco
Central tem evitado um aumento excessivo do consumo
das famílias, para além da capacidade de produção da indústria nacional, colaborando para
a redução da inflação", diz.
O economista afirma que o
BC "deverá encerrar o ciclo de
redução da taxa de juros no dia
30 de agosto, quando reduzirá a
taxa Selic para 14,50%, pela última vez no ano". "O BC manterá esse patamar até que o elevado nível de investimentos passe
a sinalizar um aumento do potencial de crescimento brasileiro, possibilitando que um estímulo maior ao consumo doméstico não represente risco
para a inflação", conclui.
Kelly Trentin, analista da
corretora SLW, diz que "após
uma semana de entressafra de
dados econômicos importantes, a semana que entra trará a
reunião do Copom, a ata do
Fomc, além das divulgações do
CPI e do PPI".
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