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FIM DO CORPO-A-CORPO
Em vez de receber ordens no recinto do pregão, operador usa tela de computador
Bolsa do Rio adota pregão eletrônico
do FolhaNews
A Bolsa de Valores do Rio de
Janeiro estreou ontem o Sistema
Eletrônico de Negociações, que
substitui o pregão viva-voz.
Agora, em vez de os operadores receberem instruções de
compra e venda e gritarem os
negócios no recinto do pregão,
as operações são feitas exclusivamente pela tela do computador.
No novo sistema, os formadores de mercado (instituições que
administram os papéis) fazem
ofertas pelos terminais, que são
acompanhadas pelos possíveis
compradores.
O fim do pregão em viva-voz é
o primeiro passo para uma reestruturação da Bolsa do Rio de Janeiro que deve estar concluída
até o fim do ano.
A instituição pretende ter dez
corretoras e dois formadores de
mercado ("market makers")
que terão a função de captar negócios para a instituição em todo o país.
O objetivo é aumentar o volume de negócios na Bolsa do Rio,
já que a grande maioria dos investidores migrou para outras
Bolsas, principalmente a Bovespa, desde que operações do megainvestidor Naji Nahas em 1989
provocaram a quebra de diversas corretoras que atuavam no
mercado carioca.
Mas, no primeiro dia de negociações eletrônicas, a Bolsa registrou 57 negócios, com um volume de operações de R$ 2,9 milhões, abaixo da média anual registrada este ano, de 121 negócios por dia, com um volume de
R$ 46,2 milhões.
O superintendente-geral da
Bolsa, Sérgio Berardi, avalia que
as corretoras precisam se acostumar a voltar a olhar a Bolsa do
Rio em seus terminais. "Muitos
têm até que voltar a ligar os terminais. Ainda assim, em um dia
de anúncio de reforma ministerial e negócios abaixo de R$ 200
milhões em São Paulo, tivemos
500 ofertas no sistema eletrônico."
(PAULO CABRAL)
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