São Paulo, Sábado, 17 de Julho de 1999
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FIM DO CORPO-A-CORPO
Em vez de receber ordens no recinto do pregão, operador usa tela de computador
Bolsa do Rio adota pregão eletrônico

do FolhaNews

A Bolsa de Valores do Rio de Janeiro estreou ontem o Sistema Eletrônico de Negociações, que substitui o pregão viva-voz.
Agora, em vez de os operadores receberem instruções de compra e venda e gritarem os negócios no recinto do pregão, as operações são feitas exclusivamente pela tela do computador.
No novo sistema, os formadores de mercado (instituições que administram os papéis) fazem ofertas pelos terminais, que são acompanhadas pelos possíveis compradores.
O fim do pregão em viva-voz é o primeiro passo para uma reestruturação da Bolsa do Rio de Janeiro que deve estar concluída até o fim do ano.
A instituição pretende ter dez corretoras e dois formadores de mercado ("market makers") que terão a função de captar negócios para a instituição em todo o país.
O objetivo é aumentar o volume de negócios na Bolsa do Rio, já que a grande maioria dos investidores migrou para outras Bolsas, principalmente a Bovespa, desde que operações do megainvestidor Naji Nahas em 1989 provocaram a quebra de diversas corretoras que atuavam no mercado carioca.
Mas, no primeiro dia de negociações eletrônicas, a Bolsa registrou 57 negócios, com um volume de operações de R$ 2,9 milhões, abaixo da média anual registrada este ano, de 121 negócios por dia, com um volume de R$ 46,2 milhões.
O superintendente-geral da Bolsa, Sérgio Berardi, avalia que as corretoras precisam se acostumar a voltar a olhar a Bolsa do Rio em seus terminais. "Muitos têm até que voltar a ligar os terminais. Ainda assim, em um dia de anúncio de reforma ministerial e negócios abaixo de R$ 200 milhões em São Paulo, tivemos 500 ofertas no sistema eletrônico." (PAULO CABRAL)


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