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MERCADO FINANCEIRO
China ameaça invadir arquipélago e derruba Bolsas
Taiwan tem queda recorde
das agências internacionais
As tensões políticas entre China
e Taiwan derrubaram ontem as
principais Bolsas asiáticas.
O governo chinês voltou a
ameaçar que irá invadir Taiwan
caso o arquipélago continue insistindo em não aceitar a unificação.
Pequim quer que o arquipélago
de Taiwan adote o modelo "um
país, dois sistemas", seguindo o
exemplo de Hong Kong, que voltou à soberania chinesa em 1997.
A maior queda na região foi registrada na própria Bolsa de Taipé, que recuou 6,4%.
O principal índice da Bolsa fechou com 7.411,58 pontos, depois
de perder 506,46 pontos, a baixa
mais forte desde janeiro de 96,
quando a China organizou manobras militares no estreito de Formosa.
Em Hong Kong, o índice Hang
Seng, que reúne as ações mais negociadas, recuou 1,55%.
Registraram forte queda as
ações das empresas públicas chinesas.
No Japão, a Bolsa de Tóquio teve desvalorização de 1% pela primeira vez em três dias, depois de
ter alcançado o nível mais alto em
22 meses.
A queda foi puxada pelas empresas de tecnologia como a Canon e a Fujitsu, que caíram devido à preocupação dos investidores de que as ações estão excessivamente valorizadas para o seu
potencial de ganhos.
Por outro lado, os papéis de
companhias do setor eletrônico
subiram com os resultados positivos divulgados por empresas do
mesmo setor nos EUA.
Também registraram valorização no pregão de ontem em Tóquio as ações das instituições financeiras, favorecidas pela expectativa de que o Federal Reserve
não precisará aumentar mais
uma vez os juros nos EUA para
deter a inflação. A elevação dos
juros norte-americanos torna as
aplicações nos EUA mais atraentes, prejudicando os bancos japoneses.
Anteontem, os EUA divulgaram que os preços ao consumidor
em junho se mantiveram inalterados, o que afastou a possibilidade
de aumento dos juros.
Indiferente às tensões políticas
na China, a Bolsa de Seul, na Coréia do Sul subiu 4%. Em Cingapura, alta foi de 0,3%.
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