São Paulo, Sábado, 17 de Julho de 1999
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MERCADO FINANCEIRO
China ameaça invadir arquipélago e derruba Bolsas
Taiwan tem queda recorde

das agências internacionais

As tensões políticas entre China e Taiwan derrubaram ontem as principais Bolsas asiáticas.
O governo chinês voltou a ameaçar que irá invadir Taiwan caso o arquipélago continue insistindo em não aceitar a unificação.
Pequim quer que o arquipélago de Taiwan adote o modelo "um país, dois sistemas", seguindo o exemplo de Hong Kong, que voltou à soberania chinesa em 1997.
A maior queda na região foi registrada na própria Bolsa de Taipé, que recuou 6,4%.
O principal índice da Bolsa fechou com 7.411,58 pontos, depois de perder 506,46 pontos, a baixa mais forte desde janeiro de 96, quando a China organizou manobras militares no estreito de Formosa.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng, que reúne as ações mais negociadas, recuou 1,55%.
Registraram forte queda as ações das empresas públicas chinesas.
No Japão, a Bolsa de Tóquio teve desvalorização de 1% pela primeira vez em três dias, depois de ter alcançado o nível mais alto em 22 meses.
A queda foi puxada pelas empresas de tecnologia como a Canon e a Fujitsu, que caíram devido à preocupação dos investidores de que as ações estão excessivamente valorizadas para o seu potencial de ganhos.
Por outro lado, os papéis de companhias do setor eletrônico subiram com os resultados positivos divulgados por empresas do mesmo setor nos EUA.
Também registraram valorização no pregão de ontem em Tóquio as ações das instituições financeiras, favorecidas pela expectativa de que o Federal Reserve não precisará aumentar mais uma vez os juros nos EUA para deter a inflação. A elevação dos juros norte-americanos torna as aplicações nos EUA mais atraentes, prejudicando os bancos japoneses.
Anteontem, os EUA divulgaram que os preços ao consumidor em junho se mantiveram inalterados, o que afastou a possibilidade de aumento dos juros.
Indiferente às tensões políticas na China, a Bolsa de Seul, na Coréia do Sul subiu 4%. Em Cingapura, alta foi de 0,3%.



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