São Paulo, Sábado, 17 de Julho de 1999
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MERCADO FINANCEIRO
Bovespa e câmbio reagem bem à reforma

da Reportagem Local

A reação do mercado financeiro à reforma ministerial feita pelo presidente Fernando Henrique Cardoso foi boa. A Bolsa de Valores de São Paulo registrou alta, o dólar comercial ficou abaixo de R$ 1,80 e os juros futuros voltaram a cair.
A Bovespa registrou queda contínua durante o dia, chegando a recuar 1,01%. Somente na hora final do pregão, após o anúncio do presidente, o índice ficou positivo.
O "compasso de espera" pôde ser percebido na diminuição do volume financeiro na Bolsa. Ontem foram movimentados apenas R$ 349,441 milhões -27,85% a menos do que a média diária deste mês (o segundo pior de 1999).
Os investidores estavam aguardando novidades políticas, que só surgiram no final da tarde.
A reforma foi considerada boa porque, no entender de analistas, fortaleceu a equipe econômica. A ida de Pedro Parente para a Casa Civil, com Martus Tavares assumindo a pasta do Orçamento, foi classificada como uma vitória do ministro Pedro Malan (Fazenda), pois são ligados a ele.
Durante a discussão sobre a troca de ministros, houve um boato forte de que Malan iria deixar o governo.
O mercado passou também a corrigir alguns exageros (na palavra dos próprios operadores) ocorridos durante a semana, no auge da crise na Argentina.
O dólar, por exemplo, que havia fechado em R$ 1,835 na segunda-feira e batido em R$ 1,87 na terça, recuou ontem para R$ 1,797 (queda de 0,72% em relação a anteontem).
Desde o último dia 8, a moeda norte-americana sempre havia fechado num patamar acima de R$ 1,80.
A pressão menor do vencimento de dívidas tem ajudado no recuo da cotação do dólar. Dos eurobônus (dívidas de empresas brasileiras no exterior) com vencimento em julho, 72,12% já foram pagos.
O mercado futuro de juros também registrou um ajuste. A taxa DI para agosto (contratos que vencem em setembro) projetou 21,93% ao ano. Na segunda- feira, a taxa havia atingido 24,69%. Anteontem, estava em 22,48%. (MARCELO DIEGO)


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