|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Compra de bens
no país poderá
definir vencedor
DA SUCURSAL DO RIO
Apesar do clima de incerteza
devido à decisão liminar do
STF, a 6ª Rodada de Licitações
da ANP de áreas de exploração
de óleo e gás é o grande teste
das regras estipuladas pelo governo Lula, que privilegiam as
empresas instaladas no Brasil
fornecedoras de bens e serviços
para a indústria petrolífera.
Segundo o edital, a empresa
de petróleo que mais se comprometer a adquirir bens e serviços produzidos no Brasil terá
maiores chances no leilão.
Isso ocorre porque o governo
federal alterou os pesos dos
itens que compõem a proposta
das empresas. No governo Fernando Henrique Cardoso, o
preço ofertado era o que decidia o leilão. De um máximo de
100 pontos que uma empresa
poderia acumular para vencer
a licitação, até 85 eram referentes ao preço que o interessado
se propunha a pagar por um
bloco. Os 15 restantes referiam-se ao chamado conteúdo local
-porcentagem de bens e serviços que devem ser produzidos no país.
O governo do PT determinou
que o conteúdo local passasse a
ter o maior peso na escolha da
vencedora -40 dos 100 pontos. O valor que uma empresa
está disposta a pagar vale 30
pontos. Os 30 restantes referem-se ao programa exploratório, como o número de poços
que serão perfurados. No governo FHC, esse item não existia, pois o programa era definido pela ANP.
"Pela regra, você vê o direcionamento e a importância que o
governo dá à aquisição de bens
e serviços de fornecedores brasileiros", disse à Folha o superintendente de Licitações da
ANP, Daniel Pedroso.
Ele avalia que as regras são
bastante restritivas. "Não basta
só que a empresa de bens ou
serviços tenha escritório no
Brasil. Ela tem que fazer o serviço aqui. Pode ser multinacional, desde que instalada aqui e
fazendo o serviço aqui."
(GW)
Texto Anterior: Energia: Liminar do STF ameaça licitação de petróleo Próximo Texto: Votação na Venezuela derruba as cotações Índice
|