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Votação na Venezuela derruba as cotações
DA REDAÇÃO
A vitória do presidente venezuelano Hugo Chávez no referendo de domingo, que decidiu pela
sua permanência no poder, foi
bem recebida pelo mercado ontem, e as cotações do petróleo recuaram em relação aos recordes
atingidos na sexta-feira.
Nos dias que antecederam o referendo, havia o temor de investidores de que uma eventual vitória
da oposição pudesse causar a interrupção da produção do país,
membro da Opep (Organização
dos Países Exportadores de Petróleo) e quinta nação que mais vende o produto ao exterior.
Depois de registrar novo recorde "intraday" (que considera a variação durante o dia) no início do
pregão, o barril para entrega em
setembro recuou 1,14% em Nova
York, para US$ 46,05.
Oscilação semelhante ocorreu
em Londres, na Bolsa Internacional do Petróleo. O barril do tipo
Brent, de referência na Europa,
começou o dia em alta, chegando
a US$ 44,11, mas, depois, fechou
em queda de 0,48%, a US$ 43,67.
"Em termos de estabilidade e
segurança, as empresas se sentem
em situação mais cômoda [com a
vitória de Chávez], pois as pessoas
com quem têm costume de negociar [na Venezuela] seguem em
seus cargos", afirmou Frank Verrastro, do banco Wachovia.
Embora as incertezas sobre o
fornecimento no Iraque ainda
persistam, o mercado teve outra
notícia positiva ontem da Yukos,
a maior petrolífera russa.
O presidente da companhia,
Viktor Gerashchenko, disse que
ela terá permissão do governo
russo para produzir e vender petróleo até o fim de setembro.
Para o executivo, a decisão de
permitir que a Yukos continue a
operar permitirá ao governo se
beneficiar das cotações recordes
do petróleo. "Fontes nos disseram
que existe uma ordem para deixar
a empresa honrar seus contratos
no curto prazo", declarou.
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