DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A pesquisa feita semanalmente pelo Banco Central mostrou que, pela primeira vez em 13 semanas, analistas de mercado reduziram suas estimativas para a inflação deste ano. De acordo com o levantamento, a alta do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deve ficar em 7,16%.
Na semana passada, a mesma pesquisa apontava uma inflação de 7,2%. Apesar do recuo, a projeção continua acima do centro da meta de 5,5% fixada pelo governo para este ano, embora ainda esteja dentro da margem de tolerância de 2,5 pontos percentuais para cima ou para baixo.
Além de reduzir ligeiramente as estimativas para o IPCA, que é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), os analistas consultados pelo BC também se mostraram um pouco mais otimistas em relação ao nível de atividade econômica.
Segundo a pesquisa, a economia brasileira deve crescer 3,92% neste ano, contra 3,79% estimados na semana passada e 3,57% há quatro semanas -há seis semanas, os analistas têm revisto para cima continuamente suas previsões para a variação do PIB no ano.
Boa parte das projeções para o ano que vem permaneceu inalterada: inflação de 5,5% e crescimento de 3,5%. Uma das únicas mudanças ocorreu na projeção para os juros básicos da economia. Segundo o levantamento, a taxa Selic chegará a 14,75% ao ano até o final de 2005.
Hoje e amanhã, o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) se reúne para fixar o nível em que deve permanecer a taxa Selic até o mês que vem. Atualmente, os juros estão em 16% ao ano e, de acordo com a pesquisa, devem permanecer nesse nível até o final de 2004. Até a semana passada, porém, esperava-se que a taxa fosse recuar para 14,25% ao ano até o final de 2005. Em julho, o Copom não mudou a taxa.


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