DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em uma simples frase, uma publicação do governo reconhece algo que a equipe da Fazenda nega: houve, sim, aumento da carga tributária no governo Lula, a despeito das promessas em contrário.
A frase consta da "Sinopse Econômica", produzida pela área de planejamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que, na edição deste mês, tratou, entre outros temas, dos resultados da política fiscal, muito superiores aos previstos no acordo com o FMI.
"Tal performance deve ser atribuída não apenas à retomada do crescimento econômico, que proporciona ao Tesouro maior volume de arrecadação de impostos, mas também à elevação da carga tributária no período recente."
A carga tributária é calculada a partir da divisão da arrecadação total de União, Estados e municípios pelo valor do PIB. No ano passado, a carga, que aumentou durante todo o governo FHC (1995-2002), teve mais um pequeno crescimento: de 35,52% para 35,68% do PIB.
O resultado deste ano, porém, será impulsionado pelo aumento da Cofins, pela ampliação da base de cálculo do ISS e pela cobrança da contribuição previdenciária dos servidores públicos inativos, entre outros. (GP)


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