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Desafio é sobreviver sem a crise
da Reportagem Local
O desafio da Anteag (Associação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Autogestão e Participação Acionária) é fazer com que as cooperativas sobrevivam quando a economia voltar a aquecer.
"Estamos à procura de alternativas para continuar existindo", diz Aparecido Benedito de Faria, diretor técnico da associação. A meta da Anteag, diz, é investir na qualificação da mão-de-obra para competir até com as indústrias.
"Não há razão para que as cooperativas desapareçam. Se a economia crescer, elas vão empregar ainda mais, pois já nasceram num período complicado", diz Paul Singer, do conselho da Anteag.
Depois que os trabalhadores passaram pela prova de fogo e se tornam "donos" dos seus negócios, afirma, é difícil que eles queiram voltar a ser empregados.
As cooperativas de crédito e de serviços, analisa, são outras que vão surgir no país em resposta à crise, assim como se verifica há anos em vários países do mundo.
As cooperativas de produção surgiram com a revolução industrial. A Inglaterra teve um grande surto delas nas últimas duas décadas do século passado e algumas sobreviveram até este século.
A Espanha, segundo Singer, tem um dispositivo que obriga as empresas a oferecerem aos empregados a possibilidade de assumirem o negócio antes de serem fechadas, o que favorece as cooperativas. Na cidade de Mondragon, diz, existem 35 mil pessoas trabalhando em cooperativas de produção.
(FF)
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