São Paulo, Terça-feira, 17 de Agosto de 1999
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MERCADO FINANCEIRO

Pouca oferta empurra o dólar a R$ 1,883

da Reportagem Local

Com um giro financeiro cerca de 31% menor do que o registrado na sexta-feira, o mercado de câmbio voltou a registrar um dia de alta na cotação do dólar.
A moeda norte-americana fechou cotada a R$ 1,883 (alta de 0,43%), tornando-se o maior valor registrado desde 17 de março (R$ 1,885).
O valor se refere ao dólar comercial, para venda. A moeda registrou oscilação forte ontem. Chegou a ser cotada a R$ 1,865 e a picos de R$ 1,888. No fechamento, estava em tendência de alta.
Segundo operadores, novamente a ausência de moeda foi a culpada pela pressão.
Não há bancos ou investidores apostando na queda do dólar no futuro próximo.
Eles estão guardando o máximo possível de posições em dólar. Se houver uma forte desvalorização do real, ficam protegidos.
Isso tem um custo -de até 19% ao ano, segundo operadores do mercado. Os bancos estão preferindo pagar o preço a correr o risco de manter reservas em reais.
Com os bancos segurando suas posições em dólares, não há moeda correndo pelo mercado. Quem entra querendo comprar encontra a cotação alta.
Nem o anúncio do Banco Central, que estará colocando nesta semana cerca de R$ 3,5 bilhões em títulos públicos reajustados pelo câmbio, foi suficiente para fazer o dólar cair.
A ação do BC visa oferecer proteção aos investidores contra a variação cambial. Para comprar os títulos, os bancos desmontam posições em dólares e trocam por reais -fazendo cair a cotação da moeda norte-americana.
A Bolsa de Valores de São Paulo fechou em queda de 0,61% e foi marcada pelo vencimento de opções. A opção é uma operação feita na Bolsa, geralmente por quem deseja se proteger de quedas futuras no valor das ações.
Até o vencimento, o titular tem o direito de decidir se compra as ações pelo preço prefixado.
Antes, acontece uma disputa entre quem apostou na alta ("comprados") e quem apostou na baixa ("vendidos") das ações. Ontem, o exercício de opções da Telebrás foi responsável por cerca de 50% da movimentação da Bolsa, que girou R$ 1,019 bilhão. (MARCELO DIEGO)


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