São Paulo, sexta-feira, 17 de setembro de 2004

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TESOURO ESCONDIDO

Jóia foi encontrada há mais de 150 anos

Cartier coloca à venda diamante brasileiro que libertou escrava

Divulgação
O diamante "Estrela do Sul", colocado à venda pela Cartier


DA FRANCE PRESSE

A joalheria Cartier exibe e põe à venda nesta semana em Paris o mítico diamante Estrela do Sul, o sexto maior do mundo, com 128 quilates, cuja fascinante história começa com a libertação da escrava que o descobriu, em Minas Gerais, há mais de 150 anos .
O Estrela do Sul é uma das principais atrações da 22ª edição da Bienal dos Antiquários de Paris, aberta na quarta-feira.
O percurso do diamante começou em 1853, em uma mina em Bagagem, Minas Gerais.
O diamante foi descoberto, reza a lenda, por uma escrava que trabalhava na mina. O peso original da pedra era de 261,24 quilates, mais que o dobro do atual, e como recompensa pela descoberta, a escrava obteve a liberdade e uma pensão vitalícia.
No entanto, o primeiro proprietário do diamante o vendeu por apenas 3.000 libras esterlinas, em valores da época.
Vendas e revendas conduziram a pedra a Amsterdã, onde foi adquirida por US$ 35 mil.
Foi então que o diamante foi lapidado e ganhou sua atual forma. O grau de pureza da pedra é um dos mais altos em termos da classificação internacional, e seu ligeiro matiz rosado e marrom chamou a atenção da Halphen & Associates, de Paris, que o adquiriu e batizou como Star of the South.
A pedra foi vendida anos depois a Mulhar Rao, príncipe de Baroda (Mumbai), por US$ 400 mil.
A trilha do diamante se perdeu no século 20, mas ele reapareceu em 1999, nas mãos de Rustomjee Jamsetjee, de Mumbai.


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