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Bolsa russa cai 17,45%, no pior pregão desde a crise de 1998
DA REDAÇÃO
As Bolsas de Valores russas
tiveram ontem a sua maior
queda desde a crise de 1998, fazendo com que as suas operações fossem suspensas várias
vezes durante o dia. O recuo
também obrigou o governo a
colocar mais de US$ 18 bilhões
nos mercados.
O índice Micex se desvalorizou em 17,45%. Já o índice RTS
teve queda de 11,47%. As quedas foram atribuídas às incertezas em relação aos mercados financeiros globais e à queda do
preço do petróleo, com os bancos e as empresas de energia
sendo os mais afetados.
Depois de anunciar a ajuda
de US$ 18,62 bilhões, o primeiro-ministro Vladimir Putin
afirmou que "não há dúvidas de
que as preocupações [que tomamos] serão operacionais" e
que o país "sobreviverá aos
atuais percalços no cenário
econômico mundial", segundo
a agência russa Itar-Tass. Ele
disse ainda que o Ministério
das Finanças injetará mais dinheiro hoje nos mercados.
Para o chefe da corretora
Uralsib Financial, Oleg Vorotnitsky, existem problemas de
liquidez no mercado. "As pessoas estão tendo dificuldade
em refinanciar as suas posições, então elas começam a
vender," disse.
Por causa do conflito entre o
país e a Geórgia e a desvalorização na cotação do petróleo, os
mercados russos têm sofrido
desde o início do mês de julho,
com vários investidores estrangeiros retirando dinheiro das
Bolsas. Na semana passada, o
ministro das Finanças, Alexei
Kudrin, disse que o país estudava usar dinheiro de seu fundo
soberano e de reservas do fundo estatal de pensão em apoio
aos mercados financeiros.
Segundo banqueiros do país,
a Rússia sofre sua pior crise
desde o calote de 1998, com saída de capital estimada em US$
20 bilhões desde julho.
Com agências internacionais
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