LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Terceiro pólo turístico do país e Estado com a maior população negra no Brasil, a Bahia agora quer atrair os afro-descendentes dos Estados Unidos. Um projeto desenvolvido pela Bahiatursa (órgão oficial de turismo do governo estadual) prevê a chegada de pelo menos 11 mil turistas negros norte-americanos, a partir do próximo verão.
Segundo a empresa, os negros americanos vão resgatar, por meio do turismo, um pouco da história de suas origens. A Bahia tem uma população composta em 85% de negros, segundo o presidente da Bahiatursa, Cláudio Pinheiro Taboada.
De acordo com Cláudio Taboada, depois de conhecerem o Caribe, Porto Rico e países da África, os afro-norte-americanos procuram na Bahia os destinos ligados à história da raça negra, justamente pela identidade "cultural e espiritual" com os afro-descendentes brasileiros.
O projeto para atrair afro-descendentes norte-americanos começou a ser construído em março passado, com a viagem da missão do Cluster de Entretenimento, Cultura e Turismo da Bahia -que envolve governoS estadual e municipal e entidades privadas- para Nova York .
Um dos contatos foi com a empresa de turismo e entretenimento norte-americana Avocet, que prevê a realização de vôos charters (fretados) diretos entre Nova York e Salvador. Outro item estima a venda de pacotes turísticos, com os quais pretende trazer 11 mil turistas da comunidade afro-americana norte-americana para conhecer o Estado, até o final do próximo ano.
Cerca de 17% da população norte-americana é formada por afro-descendentes, que movimentam US$ 74 bilhões por ano, segundo dados divulgados pela Bahiatursa. Para o presidente da Bahiatursa, a visita dos turistas negros norte-americanos não deve ficar restrita apenas ao aspecto turístico.

Outras parcerias
"Queremos futuras parcerias em atividades comerciais, industriais e agro-industriais para estimular ainda mais o turismo. O desenvolvimento de relacionamento na área do turismo também vai favorecer novas parcerias para as demais atividades econômicas."


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