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Montadoras ampliam investimento
No Salão do Automóvel, Fiat confirma novos recursos de R$ 3 bilhões, e Renault, de R$ 800 milhões
Anfavea espera que os novos investimentos reduzam a capacidade ociosa no país, de 1,4 milhão de carros
JOSÉ AUGUSTO AMORIM
EDITOR-ASSISTENTE DE VEÍCULOS
Apesar das queixas contra o
câmbio e os juros, montadoras
confirmaram novos investimentos no país na abertura para a imprensa do 24º Salão de
São Paulo. A Renault confirmou um investimento de
300 milhões (pouco mais de R$
800 milhões) na fábrica de São
José dos Pinhais (PR) até 2009.
A Fiat, ao apresentar o carro-conceito Car Concept Adventure, confirma o investimento
de R$ 3 bilhões até 2008 -parte também foi investida na Idea
Adventure, outro destaque da
empresa no Anhembi.
"Planos já foram anunciados,
e suas metas não foram atendidas, mas hoje falamos com
transparência", afirma o presidente da Renault do Brasil, Jérôme Stoll. Com cinco novos
carros fabricados no Brasil até
2009, ele pretende alcançar
106 mil unidades vendidas daqui a três anos. A unidade brasileira, que nunca deu lucro, espera apresentar margem positiva também em 2009 e o ponto de equilíbrio, um ano antes.
Baseado no plano geral do
grupo Renault -batizado de
Contrato 2009-, a filial brasileira também pretende fazer a
"lição de casa" colocando o Mégane entre os três primeiros da
categoria em qualidade e serviço (tendo de enfrentar concorrentes como Honda e Toyota).
O primeiro lançamento chega
no fim de novembro: a Mégane
Grand Tour, que ainda tem expectativa de vendas comedida.
A Renault espera conquistar
2% do mercado, o que significa
emplacar 5.000 unidades em
2007.
Esperando contratar mais
650 funcionários, a Renault vai
construir um centro de engenharia e de design, algo que a
Fiat já tem. Além dos produtos
apresentados no Anhembi, ela
vai gastar seu dinheiro na produção de novos veículos. Não
há confirmação oficial, mas, no
próximo ano, ela lançará o
Grande Punto e a nova geração
do Palio, uma das ausências
mais sentidas no Salão de São
Paulo, ao lado do Toyota Corolla bicombustível, que chega no
próximo ano.
O presidente da Fiat, Cledorvino Bellini, espera aumentar
suas vendas graças à queda da
taxa de juros. Ele acredita que o
Banco Central vá reduzir a Selic para 10% em 2007, contra os
atuais 14,25%.
A Citroën espera expandir
sua participação de 27 mil vendas neste ano para 45 mil em
2007 ampliando sua rede de
concessionárias. Atualmente
com 77 pontos-de-venda -e 82
até dezembro-, a empresa
quer chegar às 120 revendas
em 2010. Para tanto, ampliará
sua atuação em cidades como
Palmas (TO), Feira de Santana
(BA) e Juiz de Fora (MG).
Sem revelar detalhes, a Ford
quer crescer ainda mais com
seu EcoSport. A partir de novembro, ele também poderá
ser equipado com câmbio automático. Dona de 12% do mercado brasileiro, a montadora
aposta em acordos internacionais para crescer, em especial
na América Latina. Seu jipinho
é vendido em países como o
México, a Argentina e o Chile,
onde tem 5% de participação.
Do México traz o sedã Fusion,
que a surpreendeu com mais
de 4.000 vendas desde julho.
Todos esses investimentos
devem ajudar a reduzir a ociosidade do parque industrial
brasileiro. Segundo Rogelio
Golfarb, presidente da Anfavea
(Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), a capacidade ociosa no
Brasil é de 1,4 milhão de carros,
e há capacidade para produção
de outros 400 mil carros na Argentina. Neste ano, deve ser
vendido 1,9 milhão de veículos.
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