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Resultado do Dia da Criança frustra lojistas em SP
Parte dos comerciantes esperava crescimento nas vendas maior que no Dia das Mães, mas data de maio registrou desempenho melhor
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O Dia da Criança de 2006 teve pior desempenho que o Dia
das Mães e deve se manter no
ranking do varejo como uma
das datas menos importantes
do setor -perde para Natal, Dia
das Mães e Dia dos Pais e só ganha do Dia dos Namorados.
Mesmo ao comparar os resultados das lojas excluindo o feriado -eliminando, portanto, o
efeito negativo das lojas fechadas-, a data ainda perde em aumento de vendas para o mês de
maio.
Dados publicados ontem
mostram que as vendas parceladas caíram 6,8% em São Paulo na primeira quinzena de outubro -incluindo o dia 12- em
relação a igual intervalo de
2005. Grande parte da procura
no período se concentra em
produtos de menor valor, pagos
à vista. Mas a venda com pagamento no ato da compra cresceu apenas 1,2% em relação ao
ano passado.
Havia uma certa expectativa
no comércio de que os resultados de outubro ultrapassassem
o desempenho verificado no
Dia das Mães. Parte dessa perspectiva era torcida, que terminou frustrada.
Na primeira quinzena de
maio, o SCPC registrou queda
menor, de 0,5%, na venda a prazo em relação a 2005. Isso representou, na avaliação da direção, estabilidade nas vendas.
Já o UseCheque, que mede as
vendas à vista, registrou no período um crescimento classificado de "expressivo", de 10,6%,
na mesma base de comparação.
Portanto, em níveis mais elevados que o verificado na data comemorativa de outubro.
Segundo o economista da
ACSP, Marcel Solimeo, considerando o movimento até o dia
11 de outubro, as vendas a prazo
sobem 1,7%, e as operações à
vista crescem 7,1% sobre os
mesmos dias úteis de 2005. Essa comparação é relevante porque ela elimina o efeito "feriado", com lojas fechadas.
No entanto, para esse cálculo, a expansão continua maior
no período de compras ocorrido na celebração em maio.
Naquele período (até 11 de
maio), a elevação média das
vendas do comércio de São
Paulo foi de 5,5%. Já em outubro, essa alta foi de 4,4%. Uma
taxa de 4% está em linha com a
projeção de resultados do varejo em 2006. Logo, ela não é analisada de forma negativa. "É um
movimento considerado fraco", diz Solimeo.
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