São Paulo, terça-feira, 17 de outubro de 2006

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Resultado do Dia da Criança frustra lojistas em SP

Parte dos comerciantes esperava crescimento nas vendas maior que no Dia das Mães, mas data de maio registrou desempenho melhor

ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O Dia da Criança de 2006 teve pior desempenho que o Dia das Mães e deve se manter no ranking do varejo como uma das datas menos importantes do setor -perde para Natal, Dia das Mães e Dia dos Pais e só ganha do Dia dos Namorados. Mesmo ao comparar os resultados das lojas excluindo o feriado -eliminando, portanto, o efeito negativo das lojas fechadas-, a data ainda perde em aumento de vendas para o mês de maio.
Dados publicados ontem mostram que as vendas parceladas caíram 6,8% em São Paulo na primeira quinzena de outubro -incluindo o dia 12- em relação a igual intervalo de 2005. Grande parte da procura no período se concentra em produtos de menor valor, pagos à vista. Mas a venda com pagamento no ato da compra cresceu apenas 1,2% em relação ao ano passado.
Havia uma certa expectativa no comércio de que os resultados de outubro ultrapassassem o desempenho verificado no Dia das Mães. Parte dessa perspectiva era torcida, que terminou frustrada.
Na primeira quinzena de maio, o SCPC registrou queda menor, de 0,5%, na venda a prazo em relação a 2005. Isso representou, na avaliação da direção, estabilidade nas vendas.
Já o UseCheque, que mede as vendas à vista, registrou no período um crescimento classificado de "expressivo", de 10,6%, na mesma base de comparação. Portanto, em níveis mais elevados que o verificado na data comemorativa de outubro.
Segundo o economista da ACSP, Marcel Solimeo, considerando o movimento até o dia 11 de outubro, as vendas a prazo sobem 1,7%, e as operações à vista crescem 7,1% sobre os mesmos dias úteis de 2005. Essa comparação é relevante porque ela elimina o efeito "feriado", com lojas fechadas.
No entanto, para esse cálculo, a expansão continua maior no período de compras ocorrido na celebração em maio.
Naquele período (até 11 de maio), a elevação média das vendas do comércio de São Paulo foi de 5,5%. Já em outubro, essa alta foi de 4,4%. Uma taxa de 4% está em linha com a projeção de resultados do varejo em 2006. Logo, ela não é analisada de forma negativa. "É um movimento considerado fraco", diz Solimeo.


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