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ECONOMIA DE GUERRA
É o maior período de retração desde a Grande Depressão
Produção nos EUA cai pelo 13º mês
DA REDAÇÃO
A produção industrial norte-americana caiu pelo 13º mês consecutivo em outubro, ainda em
consequência dos ataques terroristas ao país em 11 de setembro.
Esse é o mais longo período de
retração da indústria dos EUA
desde a Grande Depressão, no início do século 20. Segundo o Federal Reserve (o BC americano), a
queda na produção foi de 1,1% no
mês passado, contra a retração de
1% em setembro.
As indústrias dos EUA já estavam em dificuldades antes dos
ataques de setembro por causa da
desaceleração econômica mundial. Depois dos atentados, a situação se deteriorou ainda mais
para o setor.
Para tentar enfrentar a crise, as
companhias anunciaram milhares de demissões, diminuíram a
produção e cortaram as horas de
trabalho de seus empregados ao
longo desses meses.
Durante a Grande Depressão, a
atividade industrial americana
encolheu ininterruptamente por
15 meses -entre maio de 1931 e
julho de 1932. Já a queda de 1,1% é
a maior registrada desde a retração de 1,3% de novembro de 1990,
quando os EUA entravam em sua
última recessão.
Inflação
Em outro relatório divulgado
ontem, o Departamento do Trabalho dos EUA anunciou que o
Índice de Preços ao Consumidor
(CPI, na sigla em inglês) no país
recuou 0,3% em outubro. Isso é
reflexo da forte queda (6,3%) nos
preços da energia.
Essa retração afetou bastante o
resultado da inflação. Prova disso
é o fato de o "core" (núcleo) do
CPI ter subido 0,2% em outubro.
O "core" exclui as variações de
preços de alimentos e de energia,
que englobam combustíveis.
Em outubro, a gasolina ficou
10,7% mais barata em relação a
setembro. Já o preço do gás natural caiu 6,8% no mês passado -a
maior queda desde que o governo
começou a acompanhar os preços
do produto, em 1952.
Com a inflação em baixa, segundo economistas, o Fed tem
campo para, se preciso, realizar
novas reduções dos juros no país.
A instituição já cortou dez vezes a
taxa apenas neste ano, mas atuava
com cautela, temendo que os juros baixos pudessem tirar a inflação do controle.
Pacote
Uma grande dúvida cresce no
mercado em relação ao pacote de
estímulo econômico ao país. Os
congressistas norte-americanos
não conseguem chegar a um
acordo e, para alguns economistas, o pacote corre o risco de não
ser aprovado a tempo de ajudar a
economia do país.
"O pacote deveria ser posto em
prática agora, se eles [os congressistas" realmente quisessem ajudar a economia", disse Diane
Swonk, economista-chefe do
Bank One, em Chicago.
Se sair do papel, o projeto deve
garantir estímulo de US$ 70 bilhões. Mas os democratas (de
oposição) e os republicanos (correligionários do presidente George W. Bush) estão divididos
quanto à questão.
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