São Paulo, sábado, 17 de novembro de 2001

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PANORÂMICA

BANCOS

Cochrane e acionistas do Noroeste terão de pagar R$ 1,3 mi para manter ação
O ex-banqueiro Léo Wallace Cochrane Jr., 59, e mais 33 ex-acionistas do banco Noroeste deverão recolher aos cofres públicos R$ 1,3 milhão, a título de taxa judiciária, para não verem extinta a ação de reparação de danos movida contra a PricewaterhouseCoopers.
Em 19, eles acusaram a firma de auditoria de "omissão e negligência", sob a alegação de não ter detectado um desfalque de US$ 242 milhões, entre 95 e 98.
Ao mover a ação de indenização, os advogados dos ex-controladores do Noroeste deram à causa o valor de R$ 10 milhões, depositando, a título de taxa judiciária, apenas R$ 51 mil, o que foi impugnado pela auditoria.
O STJ manteve o entendimento do Tribunal de Alçada Cível de São Paulo: o valor da causa deve corresponder ao total dos prejuízos alegados à época (R$ 250 milhões). O STJ determinou o depósito da diferença da taxa, no total de R$ 1,3 milhão.
Para o advogado da auditoria, Sérgio Bermudes, houve "contorcionismo" dos ex-controladores para evitar recolher o que a lei impõe, pois estariam "receosos de perder a causa".
Ao depositar uma importância inferior, os ex-acionistas fugiriam à eventual condenação maior em honorários advocatícios se viessem a perder a ação.
Os advogados de Cochrane alegam que o "valor da causa" é apenas um parâmetro, distinto do "valor em causa", que só seria determinado com a eventual condenação da auditoria, uma importância que dependeria de perícias.
Bermudes diz que a ação de indenização foi "temerária e infundada, para lançar uma cortina de fumaça e atirar a responsabilidade sobre os auditores". "Ninguém pode imaginar que os controladores ignoravam o que se passava na administração do banco", diz o advogado. (DA REPORTAGEM LOCAL)


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