SÍLVIA MUGNATTO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo acredita que há espaço para queda de 2,5% nos preços da gasolina na refinaria em janeiro. Mas o setor privado crê na sua manutenção porque a equipe econômica não deverá correr o risco de ver os preços subir em seguida, dificultando o cumprimento da meta de inflação.
Apesar da atual queda dos preços do barril de petróleo no mercado internacional, o consumidor não tem redução nos postos porque o preço na refinaria é controlado pelo governo.
Neste ano, vigorou um reajuste trimestral de preços, e o último foi no dia 5 de outubro. Para o ano que vem, o mercado deverá ser liberado. Tudo depende da aprovação de uma emenda constitucional no Congresso.
Com a liberação, o governo não poderá mais arrecadar com o consumo de gasolina de uma forma indireta. Hoje, uma parcela dos preços é transferida para o Tesouro Nacional.
Em 2002, começará a vigorar uma contribuição específica sobre o consumo de gasolina. O governo poderá a qualquer momento modificar essa contribuição, obedecendo a um teto.
Segundo o diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Dietmar Schupp, o governo poderá pôr a contribuição no máximo para que o preço da gasolina não caia. É que, se o preço subir novamente, esse aumento se refletirá na inflação.


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