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Mercado Aberto
@ - guilherme.barros@uol.com.br
Plano do governo faz aposta em milagre , diz consultor
Ao apostar todas as suas fichas somente no aumento de
5% do PIB para cobrir as despesas, sem cortar gastos ou mexer
na Previdência, o presidente
Lula corre o risco de ver a economia, no seu segundo mandato, ter um desempenho tão pífio quanto no primeiro. Para o
país crescer, será necessário o
governo atacar as despesas com
custeio e Previdência.
Especialista em contas públicas, o economista Raul Velloso
diz que o governo tenta desafiar
as leis da economia ao querer
fazer o país crescer sem promover uma redução dos gastos.
"Pode ser até que ocorra um
milagre e o país cresça 5% [ao
ano], mas milagres são muito
difíceis de acontecer", afirma o
economista.
O fato é que o governo está
confiando exclusivamente na
expansão de 5% para obter a redução da relação da despesa sobre o PIB. Ou seja, todo o ajuste
está concentrado no denominador. O problema, segundo
Raul Velloso, é que o denominador -o PIB- só vai corresponder às expectativas se o governo mexer no numerador
-as despesas.
Para o economista, Lula deveria aproveitar o capital político conquistado por ele após a
reeleição para promover as
mudanças necessárias, como a
fixação de uma idade mínima
para a aposentadoria e outros
cortes de despesas. "O governo
não pode se esquecer que esse
capital político acaba", diz.
Há uma unanimidade entre
os economistas, hoje, de que,
para o país crescer a taxas de
5% ao ano, é fundamental uma
alta significativa da taxa de investimento, hoje estacionada
em cerca de 20% do PIB. O Brasil precisa aumentá-la em, no
mínimo, quatro pontos percentuais para iniciar uma nova fase
de crescimento sustentável.
O essencial é que o governo
abra espaço para o setor privado ter confiança na economia e
que aumente seus investimentos, já que o nível, tanto do setor público quanto do capital
estrangeiro, tem reduzido nos
últimos anos.
A FANTÁSTICA FÁBRICA DE CHOCOLATES
A Cacau Show inaugura, na próxima semana, em São Paulo, sua nova fábrica. Com investimentos de R$ 15 milhões e
17.000 m2, o empreendimento amplia a produção da marca para 16 milhões de trufas por mês, com a incorporação de uma
máquina que produz 1 t de chocolate por hora. "Fizemos essa
fábrica com "lay-out" voltado para diminuir os custos, para ter
mais espaço para expansão e para aumentar a produtividade",
diz Alexandre Costa, 36, que fundou a marca há 18 anos com
apenas 18 anos de idade e US$ 500 emprestados de um tio. "O
plano agora é chegar a mil lojas até 2010", afirma. Hoje, a Cacau Show tem 295 lojas (95% são franquias), está presente em
20 Estados e 165 municípios.
Negócio esportivo do Brasil ainda é prematuro
Considerado um guru do
marketing esportivo, o inglês
Michael Stirling, desembarcou
nesta semana no Rio para o fórum internacional de patrocínio esportivo "O Esporte como
Plataforma de Comunicação
-Lições para o Pan". Stirling,
que viaja por diversos países
apresentando possibilidades de
negócios para gerar receitas
através do patrocínio, vem falar
dos riscos e oportunidades de
investimentos esportivos no
país. Para ele, o mercado brasileiro é muito peculiar e merece
ser estudado a fundo. "No Brasil, o futebol não é um estilo de
vida. O futebol é vida. Não é
possível importar modelos europeus, é preciso adequá-los",
diz. Segundo ele, o país oferece
oportunidades, mas a infra-estrutura ainda é prematura.
FRIEDMAN
Armínio Fraga, ex-BC,
não conheceu pessoalmente
Milton Friedman, mas acha
que o economista deixa um
legado de consistência e respeito, mesmo para aqueles
que não concordem com todas as suas posições. "Friedman foi uma espécie do que
foi o Roberto Campos no
Brasil na defesa das causas
liberais", diz Armínio. "Vai
deixar saudades."
REFORMAS
O economista Luciano
Coutinho, cotado para ocupar vaga nos ministérios, comanda, na próxima quarta,
em Brasília, o seminário
"Reformas e Políticas de
Pessoal do Setor Público".
Na pauta, custeio para melhoria da gestão pública.
MIGRAÇÃO
A conta da Assolan mudou
de mãos. Saiu da Africa e migrou para a MPM.
RÉVEILLON
O SindRio (sindicato de
hotéis, bares e restaurantes)
estima que, neste ano, 385
mil turistas circularão pelo
Rio, durante a semana do
Ano Novo, 10% a mais do
que em 2005. Segundo o sindicato, a ampliação da oferta
de hospedagens, festas e
queimas de fogos na cidade
aumentam o número de visitantes durante o Réveillon.
O sindicato também calcula
que os turistas, 70% deles
brasileiros, geram uma receita de cerca de R$ 60 milhões com gastos em lazer,
transporte, compras e alimentação.
BORBULHAS
Para as festas de fim de
ano, a Moët & Chandon lança no Brasil a edição limitada do espumante Crystallized, que chega ao país neste
mês. Conhecida como "estrela da noite", a garrafa é
cravejada com cristais Swarovski e tem série limitada.
Há duas versões -uma de
1,5 l e outra de 750 ml.
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